Uau! O vento e a chuva voltaram. Fazem-em lembrar os dias de inverno da infância. Em que tinha sempre vontade de ficar em casa. Nunca fui uma criança que brinca nas poças de água. Só crescida aprendi a não me incomodar apanhar uma molha.

Por duas vezes, apanhei uma molha, daquelas que ficamos todos molhados até à roupa interior rsrsrs
Chuva faz parte da Natureza, no entanto, chuva e frio não combinam comigo. Talvez se fosse chuva e calor, me fizesse menos impressão. Sempre me senti atraída pelos trovões e aprendi a admirá-los. Adoro ver uma trovoada e gostava de assistir a uma fora da cidade. Ver os raios no mar já vi. É LINDO!
O arco-íris faz-me sempre pensar em poesia, música, e contos cheios de imaginação, um mundo fantástico!
Imagino-me a deslizar por um, como uma fada ou um duende. Deve ser maravilhoso. A minha mente fica mais solta quando estou num mundo que crio e me faz sentir deslumbrante.
Não me interessa se os outros acham maluquice ou não, por que o que é fundamental, para mim, é isso fazer-me sentir bem e mais próxima de mim mesma. Não consigo imaginar-me sem a imaginação. Sei que existem seres que não a possuem; acredito que é um modo de estar na vida um pouco triste, limitado, insípido.
Sinto-me privilegiada por ser um ser imaginativo e ter criatividade através dela e de mão dada com a inteligência poder viver de forma diferente, isto é, ter um mundo muito próprio e ter consciência disso. É fantástico!
Bom, fui à rua e senti a força do vento. Não estava a chover, no entanto, está cinzento o céu, impregnado de nuvens. Os deuses escutaram-nos e trouxeram-nos a chuva que os nossos solos precisavam. Para alguns pode ser momentos desagradáveis, contudo a Natureza tem o seu equilíbrio e quando isso acontece, faz-me sentir que faço parte de um Todo e não sou esse Todo como alguns seres humanos parecem viver.

Ao ser humano é difícil descolar-se da sua identidade; isso fá-los sentirem-se perdidos. Não faz mal precisarem dessa identidade, por que isso é uma característica de se ser humano, assim como termos emoções. Como alguns dizem: o milagre da vida é isso mesmo, o desafio de vivermos como somos.

Ontem, acabou não haver reunião para a gravação. Agora o desafio é maior, gravar aqui em casa, sozinha e fazer o meu melhor. Hoje, vou dedicar-me a fundo nisso. Ontem, estive a fazer experiências. Vou falar de vários temas. Um deles é algo que me toca muito: liberdade e amor.
Há quem acredite que nunca somos livres, por estarmos interligados uns aos outros e, sobretudo, na Terra dependermos dos que "mandam". Dependermos daquela coisa que o ser humano criou para lhe facilitar a vida: o dinheiro. Enquanto continuarmos a achar que ele é o criador em vez de nós, vamos sendo dependentes.
Sei que posso, ainda, precisar dessa transacção para me mover por aqui, no entanto, sei que isso não me obriga a sentir-me presa, uma vez que isso é uma atitude que posso escolher viver ou não.
A liberdade, segundo a minha perspectiva, está directamente relacionada com ser responsável e amar. Isto quer dizer que são características minhas. Escolhi isso para mim. Isso não me bloqueia a viver de forma diferente. Reconheço que somos todos educados que a perfeição é algo para atingirmos.

Então, perfeição passou a ser fazer o meu melhor. Sentir-me muito bem comigo mesma. O grau de satisfação mudou. Isso faz-me pensar na relação qualidade e quantidade. Provavelmente, é mais saudável encontrar um balanço razoável entre os dois pratos do que haver nuns casos mais qualidade e noutros mais quantidade.
Ah, e outra coisa que também aprendi a desprender-me foi da aprovação dos outros. A educação que recebi (dos vários pares) ensinou-me a não ter necessidade de ter esse consentimento por parte dos outros nalgumas áreas. Fui tendo conta de que ainda precisava nalguns aspectos. Fui trabalhando isso e a forma que encontrei, foi perguntar a mim própria porque sentia essa necessidade.

Ser livre e amar-me passa por acreditar em mim própria (auto-estima). Passar a confiar em mim e sentir-me orgulhosa de mim são aprendizagens que fui vivendo. Ainda me recordo da primeira vez que disse a mim: tenho orgulho em mim. Foi significativo porque não cresci a sentir isso (não me recordo dos meus pais falarem de mim dessa forma). Como aprender a receber elogios. Reconheço que ainda hoje tenho alguma dificuldade em gerir esses momentos.
Sentir que estou sempre a aprender, é motivador e impulsionador na medida em que existe sempre movimento na minha caminhada. Eu e a rotina não combinamos muito bem ;)
Obrigada por tudo o que me acontece.
Ana Guerra
1 comment:
a Chuva e o Mau tempo, desta vez, decidiram visitar-te! ;)
Post a Comment