2006-02-22

eis-me perante um mundo!


Aqui estou!

Neste mundo, que tem cores muito claras e, no entanto, tão difusas, confusas e dispersas...

Quando escolhemos caminhos, que se assemelham a vertentes, precipícios, desfiladeiros, outras escaladas... ainda são caminhos? E, assemelham-se a escolhas nossas? Têam o nosso rosto? A nossa energia?

As batalhas vão acompanhando os cenários, que permitimos erguerem-se perante nós, dentro de nós, em nosso redor...

A entrega é necessária? Queremo-la?

Convidamos os outros a caminharem connosco; mas será que é essa a nossa vontade? Estamos preparados para viver essa conjugação?

Estendemos a mão.... e que vai até ela?

O calor, que teima exalar de mim, não tem rumo? E,tem de ter?

(vão assistir ao filme - "As Memórias de uma Gueixa" - vale a pena; descubram o que está em vós?)

2006-02-21

Nascer


Hoje é um dia com o rosto da diferença! A partilha nasceu de manhã.... e a troca começa... por mulheres, por amores... por aquilo que move o mundo e as pessoas! Quando a amizade tem a cor do arco-íris e, aqui, não são romantismos ou ilusões, mas sim uma realidade com corpos e cérebros! E, mais do que isso, porque as mentes dos mesmos são de todo o espaço, que alguns teimam em acreditar na existência. A busca é incessante e persegue-me! Quero continuar... mas aquilo que se chama "tempo" também reclama... logo, voltarei com páginas novas e.... um beijo de carinho!

Estou á janela


"...ilusório... curioso e interessante..." esta combinação criou , em mim, a vontade da partilha...
O que é ilusório? O nascer? A amizade? O arco-íris? Os corpos? As mentes? A partilha acontece, sempre, que amamos...
A não realização do real é uma edificação, elaborada por nós!
O meu horizonte tem um arco-íris que brilha e quem não vê, é por... ou estar cego... ou por que não sabe que há energia, logo... brilha!
O nascer é mesmo surpreendente e emotivo, bastante! Estendo a mão, aninhem-se e a entrega brotará o deslumbre e o alvoroço. A amizade é uma construção, uma troca. Quando o seu rosto é descolorido, a perdição é uma estrada, cujos abraços são ocos.
"O sol não ilumina o mesmo espaço... as sombras.." - que bom! O mesmo espaço revela o seu altruísmo, é a comunhão máxima.... As sombras não o desejam, se não a sua existência era nula; são passagens, repousos... não ausências, opostos.


O sol tocou-te
e os malmequeres
sorriram...
enlevada na brisa
cruzas os vales
no barco da busca
descobrindo os
segredos
fugídios...
Além do sorriso
as palavras mudas
contam as histórias
que sedejas...
abraça o inesperado
procurando o êxtase!!!
(1996)

um malmequer em cada rosto!

...


A história que escrevi, hoje, não interessa, porque nos conta a história sem história... Estória foi feita há muitos milhões de anos e estamos a vivê-la aos poucos, nas suas fases naturais. Mas o Homem, possuidor do livre arbítrio, foi acrescentando algumas histórias à História.
Desviada do seu curso, lá vamos caminhando ao ritmo que criámos. Não tendo consciência viva das suas origens, o Homem vai tentando encontrá-las, continuando a desfrutar do lugar onde cresceu.
Desfrutar será desvirtuar o conceito. Abusando no seu uso, vai desviando o seu caminho. Mas as suas origens, íntegras, vão-lhe lembrando a responsabilidade que assume a cada passo dado. Tentando escapar-se-lhe, usa a ilusão como vestimenta imediata. Essa roupagem transmite-lhe a insegurança em que habita. Continuando no seu trilho, busca o conforto exteriormente, em lugar de olhar para dentro de si, onde encontraria todas as soluções. Continuadamente, busca em seu redor e cego, por si próprio, segue sem atentar.
A Natureza fala-lhe, todos os dias, mas a surdez incomoda-o e prefere ouvir, a escutar.
Caminhamos, lado a lado, uns de olhos vendados e outros descobrindo a cegueira. Continua-se a ignorar a insatisfação real para dar lugar à satisfação do momento.
Esgotando-se as energias, o cansaço toma conta da jornada, inflingindo a violência e a libertinagem. Troca-se a segurança pelo comodismo, o conforto pela luta.
Será que a cosnciência começa a pulsar?
Nas montanhas que emitem os seus grunhidos, nos habitantes naturais que se recusam a viver, na luz que nos confunde com os seus ventos e chuvas???
Escuta, Homem, que te escondes na tua imagem e atenta aos sinais!
Olha em teu redor, Homem, e vê quantos matas por omissão!
Homem, o teu coração bate e ignoras (o seu apelo) as suas batidas.
Que fazer?
Pára, e começa por te veres. Pára, e aprende a escutar a tua Mãe. Pára, e sossega.
Tudo o que te rodeia, és tu!
Queres ver-te assim? Acreditas que é isso que queres, para ti?
Então, começa por saber o que queres... e, luta!
Dentro de ti, existe o maior segredo, a melhor arma, o grande desafio.
Encontra-o e começa a distribuí-lo.
Pois, encontrarás............................
(28-1-97)

Aqui estou eu!


Aqui estou eu! O dia está por acabar e os quilómetros de palavras percorrem-me o caminho por todo o lado.
Elas saltam pelos meus olhares neste mundo preguiçoso e viciado. As revoltas sucedem-se como o abrir e fechar de olhos, ao depararmo-nos com as solicitudes mundanas.
Quem sou eu? Quem sou eu, que aspiro á ternura e ao amor, desejos dificilmente satisfatórios num mundo cheio de vicissitudes contraditórias. A serenidade musical encarna as minhas ânsias, que tentam percorrer o meu corpo e entregar-me ao sereno movimento corporal, onde busco encontrar a harmoniosa junção de dois seres desencontrados nesta multidão.
A busca incessante na paz é "calmada" pelos tempestuosos momentos de paixão, que no encontro do solo sossegam e retornam ás origens, onde se voltarão a libertar nos céus e ciclicamente voltam aos rios e oceanos, onde alimentarão os seus viventes, que me trazem essa ternura de volta na energia/amor trocado.
Mas a busca continua, porque algo se vai perdendo e dispersando, que todos buscamos unir pelos laços de similaridade.
Amanhã, quando os pássaros nos envolverem com o seu cântico matinal, ouço o marulhar das ondas desvanecendo-se contra a margem, e o encontro é-me familiar, conciliador. Descanso a mente constantemente exaltada pelo turbilhão de pensamentos confusos, que a paz e desasossego me encontram.
Desconheço se alguma vez, irei encontrar nesta vida, a paz porque tento alcançar.
Será essa a minha issão? Dar a paz aos outros? Porque me é doloroso aquilo porque luto e ambiciono? Porque não consigo dissociar-me deste corpo?

Transporto as flores
no meu corpo
sujo e ensanguentado
pelos actos humanos
que tento despir
nos relatos diários...
Transporto o amor
com que elaboro
a minha dádiva
incompleta e insatisfatória
na troca dos sentimentos
regentes e esquecidos
pela constante degradação
que os homens
tentam esquecer
e erosivos continuam
a alimentar os ilusórios
erros que vestem
como verdades...

Quando descemos o pedestal que construímos pedra a pedra, cimento a cimento, encontramo-nos com a fria e gélida sabedoria, que filosoficamente construímos para que nos sintamos melhor connosco próprios.
Peça eterna esta, que de mão dada com a evolução enganadora, caminhamos em busca duma verdade nascida connosco, e que constantemente nos cegamos a vê-la.
A separação constante com que nos infligimos - a morte - é a punição imposta, para que paremos e paradoxalmente continuemos a ignorar os erros,, e esqueçamos que somos compostos, essencialmente, de sentimentos. Eles são os originários de tudo o que possuímos, nomeadamente, a carne com que nos cobrimos ao nascer neste solo que destruímos e construímos para que o exaltemos e matemos.
Esta ilusão, que aceitámos edificar é a minha recusa, mas da qual não consigo dissociar-me porque aqui estou como os outros.
Mas a contínua revolta atraí-me à luta arduosa de não esquecer que foi o amor que me fez nascer. Ora, nascida de tal componente como poderei ignorá-lo? É a pura verdade! Mas como poderei encontrar a verdadeira arma para mantê-lo vivo senão vivê-lo? É esta difícil tarefa em que me encontro e mais uma vez o meu Pai me coloca. Uma tarefa terminada, mais um filho nascido e terei de continuar o meu trilho. Transformar será o conceito? De mutação em mutação edifico o ser, já por si elaborado mas tão simples como a lágrima que corre pelas faces da ingenuidade dum rosto infantil!
São estes os meus símbolos, porque os reais estão adormecidos nesse centro que guardo dentro de mim. Alguns percursos são percorridos pela certeza, outros pela insegurança, outros ainda pelo conhecimento, pelo saber. Que amálgama terei de construir para que possam coabitar nesta desordem?
A vontade certeza de querer e poder transportar-me a uma serenidade segura, que nem sempre consigo encontrar com a confiança que deveria envergar todas as vezes que uso o palavreado que criado foi, para que a comunicação interior seja trocada.
Transformar será a pedra ancestral com que nos comprometemos, mas nem sempre aceitamos. Transformar sem destruir? Transformar sem transferir? Transformar construindo? Onde estás tu, alma gémea, que deveria encontrar?
Não estás aqui? Mas desejas que encontre a harmonia do corpo e espírito. Talvez seja esta a luta maior em que me encontro: a harmonia entre a matéria e a não-matéria, entre o ser e o não-ser.
As tarefas que encontro para apaziguar o meu corpo acabam por se tornar insatisfatórias, porque a realização imediata não permanece. A minha velocidade não é acompanhada pelos outros. Os outros estão dispersos e não conseguem encontrar a fusão, para que a união seja realizada e conseguida.
As palavras surgem como armas apaziguadoras e criação para que o amor seja partilhado. Sem o gosto doce na boca, o amargo atravessa-nos e dispersa-nos nas sensações. Os sentimentos são construções sem fundações, porque elas já existem sem permancerem. Como agarrá-los quando a sua solubilidade não os une. Agarramo-nos à matéria como tábua de salvação e encontramos a realização apaziguadora da força necessária para que voltemos a encontrá-los dispersos, para que os usemos novamente e é este constante ciclo de que se compõe a nossa existência.
Almas errantes, estas, com que me deparo, diariamente, que tanto desafio e nada me dizem, porque iguais a si mesmas encerram um segredo não partilhado com o receio da perda individual, mas a que se recusam aceitar.
Às cegas tacteiam a realização imediata e efémera em que se satisfazem com a construção temerária dos objectos rodeantes.
A busca interior é constantemente solicitada para que não ignoremos, que é essa a construção necessária para que o nosso núcleo permaneça intacto a tudo que nos envolve.
Todos os dias vejo rostos apinhados de súplica do esquecimento de que somos filhos ignorados por nós próprios.
A música é a veste que mais aprecio, porque me transforma e transporta ao meu íntimo e faz esquecer a sujidade que os homens preferem encarnar. Proque não se vestem eles com ela e personificam a leveza no transporte, a ternura do perfume, a suavidade primaveril, a frescura verdejante, cálido correr das águas, o chilrear das aves, o pigarrear dos roedores... que mais me recorda esse sentimento que não consigo expressar, porque as palavras são meros instrumentos que utilizáveis são limitados e imperfeitos.
E, o que é isso a perfeição? É como a verdade, caminhante seguro e confiante, que estes seres continuam a contorcer.
(anos 90)

...


Quando os corpos se
enlaçam
a ternura revoltosa
brota como
gotículas cristalinas
acariciando o desejo
virgem

nascendo e
crescendo
por entre os regalos
preenchidos
que constrois
dia a dia
nessa busca confusa
e torturante
que a tua passividade
chora e
calada
remói
no barco
onde voaste
pelas colinas
da luta incansável
que trocas na
pirâmide de ontem
que hoje
proclamas
e justas
pelos homens...
Homem erguido
semblante descoberto
orvalhosas lágrimas
em que a semente
desdobrou
os traços vitoriosos
memoriosas contusões
pela paz ansiada
com sons coloridos
espamosos
de sôfrega ambição
contorcida

(anos90)

Estar Feliz


Quando caminho pela minha estrada
vejo estrelas
mas também árvores, esquilos, leões
e não sei viver sem a cor do mundo!
Amanhã
o meu sorriso cresce
porque tu apareceste!
E, hoje, o meu peito explode...
quer abraçar-te e dizer em
voz alta, na minha estrada:
A alegria que me invade
tem a tua cor
o teu cheiro
o teu toque...
Eu deslizo por ti
para ti...
queria ter-te em mim...


Hoje


Hoje, aprendo a viver com um rosto que me cobre cada grão que caminho.
Viver comigo, é um desafio enorme!
Viver com os outros...outro!
A entrega é uma aprendizagem contínua. E, sobretudo, porque me interno mais ainda...
A escolha pelo colorido e pelo maravilhoso, tem a miscelânea de quem sou...
Quem sou eu?
Uma estrela? Um ser humano? Um grão?
Uma Mulher? Uma criança? Um toque?
Um olhar? Uma palma?
Deixar-me ir com o vento... com a tua voz... estar no teu coração...
estar a teu lado e sentir-te no ar...
que respiro e sermos UM!

Quero permitir-me viver-te como sei e que o sorriso nasça...

A busca por mim, transporta-me a casa. A busca, por aqui, torna-me incansável.

Sugira formas de superar a confusão conceptual da Psicologia


Depois de ter lido o "apoio literário" fornecido por um dos professores da disciplina e relembrado a mensagem de alguns livros, como o "O Mundo de Sofia", de Jostein Gaarder, "Vai aonde Te Leva o Coração", de Susanna Tamaro, e talvez outros de que não me recordo o título, permanece-me uma questão pertinente e relevante: O que é a Psicologia, afinal? A questão escolhida, que tem como finalidade a sugestão de formalizar uma solução hipotética acerca da Psicologia, foi no sentido, não propriamente, de apresentar solução (ou soluções), mas no de me interrogar se é posível encontrá-la (ou encontrá-las), tanto por mim, que ainda não possuo as condições necessárias para tal, como por todos os outros, que continuam a estudar e investigar o Homem, prolongando a falta de consenso a esse respeito. Portanto, quem sou eu para sugerir formas de superar a confusão conceptual da Psicologia? A dedução obtida é a de que todas as teorias, abordagens, conceitos, etc., que foram explícitas, ao longo da História, foram contribuições válidas para a compreensão (ou sua tentativa) do homem e de todos os fenómenos, processos, etc., que lhe são inerentes. Apesar da minha busca contínua, em conhecer e tentar compreender o "espécimen" mais específico da natureza e, evidentemente, de ter, mais ou menos, estruturadas as minhas ideias sobre o assunto, continuo com a porta aberta, porque acima de tudo, reconheço a limitação existente de um ser humano embrenhar-se na tarefa árdua, desafiante e ardilosa, de "entranhar-se" noutro ser humano, como até mesmo na de qualquer outro ser vivo. A nossa complexidade é equiparada á do meio em que nos encontramos inseridos - a Mãe Natureza! O "ilimite" finito caracteriza as explicações descobertas, e por desbravar, com a nossa imaginação, desvendaremos mais trilhos. Estudamos o que é a Psicologia, estudamos o que são representações mentais... não será a Psicologia uma representação mental? E, isto faz-me lembrar o paradoxo: "domina-me" (só posso dominar o outro, obedecendo ás suas ordens, mas se obedeço, não o domino). Considero que o nosso conhecimento advém da nossa vivência e de todas as ciências. Porque enfatizo, aqui, a nossa vivência? Porque existem pormenores que a ciência ainda não interpreta, não justifica. A religião trouxe ao Homem segurança, depois chegou o baluarte da ciência, desmitificando; mas o Homem premanece inseguro, na segurança criada. Qual ou quais os caminhos, métodos, aplicações, experimentações, investigações próprias e adequadas ao fim proposto: a Psicologia? Nós, aqueles que pretendemos ser psicólogos, que "camisola", a mais particular, deveremos envergar para melhor seguir os seus propósitos, a fim de cumprir a missão de trazer bem estar aos outros, ou não é esse o fim da Psicologia? Tendo como premissa este "conceito!" de Psicologia proponho, cada vez mais, aperfeiçoar a abordagem sistémica, colando-me ao objectivo de conciliar as teorias, paradigmas, meta-teorias, culturas, etc., de modo a alcançar a melhor "colheita" e recolher frutos mais felizes. É meu uso, dizer que o que mais interessa ao Homem é o Amor; gerir as suas emoções, sentimentos, a mais difícil intervenção; o sofrimento, a arma mais habitual para procurar; será a Psicologia, o instrumento, a manobra mais direccionada? A minha opinião pessoal é afirmativa, porque acredito, plenamente na "sua" capacidade e na de outras, como a Antropologia, a Etologia, a Biologia, acompanahda da Física, da Matemática. Também a Astronomia nos elucida como seres pertencentes a um todo do qual, por mais que pretendamos fugir, é impensável realizar. Platão, Sócrates, Kant, Freud, Rogers foram personagens que me marcaram. Claro que empiristas, racionalistas, e tantos outros, também ficaram; assim como, mais recentemente, cognitivistas, sistémicos, Popper, Kuhn e tantos outros "actores" da história da Psicologia, que enriqueceram o meu arquivo e contribuíram para o desejo de me prazentear nas delícias da mente humana. Uns reforçaram as minhas ideias (representações mentais?), outros esclareceram, outros fizeram-me pensar, apesar de não concordar com eles. Não sei, se por bem ou por mal, a ideia, do que para mim significa Psicologia, não foi modificada, antes acrescentaria que, sobretudo, foi enriquecida. É evidente, que como qualquer humano gostaria de participar no contributo de se "fazer" uma melhor Psicologia. Quem não gostaria? Existem muitas áreas da Psicologia, pelas quais me interesso, mas não propriamente pela sua investigação, isto é, talvez, estudar casos particulares me encaminhe para a procura de saber acerca de campos profundos, interessando-me por pesquisar ramos específicos. Mas essencialmente, o que pretendo é chegar às pessoas e "dar-lhes a mão". Entendo a Psicologia, cada vez mais, como o meio para tornar as pessoas mais felizes consigo próprias. Talvez possa cair no erro de tornar a Psicologia numa "doutrina" e limitar-me, mas acredito, também, que a minha sede de saber mais e melhor, me impedirá de encerrar os olhos e "vendar-me" ás vozes, aos gritos suplicantes de todos os seres vivos sequiosos de alimento. Que o meu comportamento seja determinado pelo ambiente, pelas cognições, pelas categorias, pelas formas, pela visão total e/ou parcial do que me rodeia, pela cultura e aprendizagens adquiridas, herdadas, geneticamente ou não; que o inatismo seja real, em que medida for; que a motivação, o desejo, o sonho, a sede, a fome, sejam factores determinantes... tudo isso importa, tudo isso faz parte do ser humano, por conseguinte, da Psicologia. A Psicologia é como uma árvore, com ramos e folhas. Que interessa estudar o todo sem estudar as partes; que interessa estudar as causas sem os efeitos e sem os interligar? O nosso sistema perceptivo, a ponte que nos liga, interior e exteriormente a tudo, parece tornar-se cada vez mais capaz, na medida em que pensamos conhecê-lo e utilizamo-lo com maior eficácia. Creio, por exemplo, que a Etologia nos fornece pistas para melhor entendermos como nos relacionamos, como se processam os nossos comportamentos, característicos duma espécie. Até que ponto o determinante 'gene' nos leva a seguir "aquele" caminho e não outro; até que medida a nossa interioridade biofísica é um factor condicionante, como "funciona" e o que é isso de consciência e inconsciência; serão, na verdade, duas "entidades" ou ainda uma área demasiada complexa e profunda para estarmos à vontade. Quero crer que o propósito da questão não é aprofundar ou explanar as várias teorias como conhecer o Homem, mas se é possível ter uma concepção abrangente da Psicologia de modo a caminharmos numa circularidade, com os pés no chão e os olhos no horizonte cósmico. Talvez uma visão idealista, mas que me tem dado forças para continuar a acreditar na Humanidade.

Ao Ricardo


O comboio chegava
por entre as colinas
como o desejo
brota como fogo
pelos teus pulmões...

o rio corria
pelos seixos
como a ternura
se envolve
de flor em flor
pelos vôos dos pintarroxos...

o vento soprava
pelo mundo
como os meus olhos
vagueiam pela brisa
até sossegar
no sono...

ana!
14.02.96

Para ti

o princípio do meu silêncio...
nem sempre as nossas palavras são entendidas ou escutadas e,
...talvez nem a dos outros...
uma tentativa?!

"Saberás que não te amo e que te amo
pois que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem sua metade de frio.

Eu amo-te para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e não deixar de amar-te nunca:
por isso é que ainda te não amo.

Amo-te e não amo como se tivesse
nas minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino infortunado.

Este amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso amo-te quando não te amo
e por isso amo-te quando te amo.!
Pablo Neruda


Anjo Incolor

Abri o livro na altura
em que o Anjo me sorria
e em vez de mel prometia
amor, descanso e ternura

Falava como que a sós.
E as palavras flutuavam.
Eram pombas que poisavam
no fio da sua voz.

Escutei-o de olhos no chão
como se fosse o culpado,
como se o mundo enredado
estivesse na minha mão.

Abri o peito e mostrei-lhe
a areia, a pedra britada,
os planos da grande estrada,
onde o Anjo se ajoelha.

Ele fitou-me, de frente,
de olhos frios como brasas.
E abrindo e fechando as asas
rasgou océu, lentamente.
António Gedeão


A procura incessante de comprender-te; o desespero de entender-te. Continuas mudo e surdo ao meu apelo. Perdão te peço pela incompreensão do teu silêncio e pela ânsia de me te dar e amar. Perdoa-me por desconhcer que amar-te seria magoar-te. Perdoa-me pelo engano ingénuo de quem eras ou és! Perdoa-me por ter confiado naquele que me deste a conhecer e a respeitar. Perdoa-me o incómodo de quem sou. Acreditei que desejavas diferente, diferente...
Beijo-te com ternura, ana!
28-maio.90

Susaninha


O sol tocou-te
e os malmequeres
sorriram...
enlevada na brisa
cruzas os vales
no barco da busca
descobrindo os
segredos
fugídios...

além do sorriso
as palavras mudas
contam as histórias
que desejas...

Abraça o inesperado
procurando o êxtase!!!

ana!
11.5.96

Fechados .........


fechados no mundo, caminham seres que se entreolham, sem olharem... nem o caminho, nem os outros, nem as flores, nem as formigas...
e escutar?
escutam-se? perscrutam-se? e envolvem-se? nan... o medo cega-lhes o trajecto, tropeçando aqui , ali....
envolvidos com as roupas, os carros, a televisão, tacteam pelos cantos, arestas, mesmo quando chega uma ferida... e outra... mais outra...
lambem-na e continuam a marcha... adormecidos, investem de olhos abertos pela selva, que constroiem elaboradamente, sem ordem, sem estruturas, mas sim com contrafortes, porque o medo diz-lhes: segurem-se, agarrem-se, fujam, encubram-se...
aquilo que apelidam de entrega, não tem outro rosto, que não o de possessão uns sobre os outros...
donos disto... daquilo... daquele... daquela...
- Não tens o direito! - diz além...
- O dever diz que.... - exalta acolá...
- Moralmente, as cobertas surgem tolhidas de ... palavreado... cobiça... inveja...um colorido deveras rebuscado pela promiscuidade, pelo preconceito, pela ingenuidade? ou ignorância??
folheamos as páginas, e este romance não tem entusiamo; há uma secura interna, que explode e repousa nos poros de quem o absorve... contaminando-os ao comodismo, á sonolência arrastada, à deglutição de alguns sabores, que povoam pelo ambiente desfazado, em que se deliciam embranhar...
um amanhã nasce, convidando á descoberta, ao sonho e ao caminho da aprendizagem!
estendo a mão ao Sol, que rega as fissuras do caminho escolhido...

(vamos continuar noutro patamar?)

Mais um degrau...


Quando vamos caminhando e surgem novos cenários, que podem aparentar uma elaborada construção, mas que afinal é só mais uma etapa...
Temos alguma dificuldade em aceitar, simplesmente! Acreditem! É mesmo isso... simplesmente!
Não são problemas, dificuldades, azares... Escutem, observem, atentem.... e recebam como desafios, testes, oportunidades e sorriam!
Viver a diferença é uma ousadia para uns, uma presunção para outros e um desafio para mim! A dor não passa de um artefacto, que se exibe como punição ou consequência, será?!
Podem estar agregados esses conteúdos, mas afirmo-vos que não tem de ser necessariamente vivido sob essa indumentária.
Quantos me escutam falar em 'ser humana' bla...bla... mas é isso exactamente > a dor tem um rosto humano. Como viver a dor, sentindo-a como parte duma entrega e não uma perda? É um ganho! Uma aprendizagem! Uma oportunidade! Um sorriso, finalmente!
Que estranho! - escutarei de umas quantas vozes, ali... acolá... além!
Alguns acreditam que quando lhes falam: - vão deixar de sentir assim... assado... <>

...


"Milhares de vocês previram. E aconteceu porque
previram".

Émile-Auguste Chartier (1868-1951), o Alain, filósofo francês.


Olá! Essa frase do dia...........
Aconteceu porque foi previsto? O que significa, aqui, previsão? E, aconteceu, porque foi previsto? Terá sido? Previsão é o quê? Foi previsto, é/era uma mensagem? Um aviso? Por vezes, as previsões não acontecem, sabem porquê? Porque previsão não é sinónimo de acontecimento, ou é? Qual a função de nos avisarem o que pode acontecer? São questões, que me coloco. Porque é fácil falar, mas as palavras são instrumentos. Mas factos e acontecimentos têm outra função, certo?


Gostaria de crer que estas palavras podem ser motivo de alguma reflexão. Hoje, em dia, fala-se em previsões, proemonições, etc... mas as pessoas falam ser saber em muito bem do que falam. Também há um artigo, que saiu este fim de semana na Notícias Magazine, muito interessante. gostaria de transcrever algumas passagens; vai de encontro ao que refiro, de momento. vou saber se posso referi-lo aqui, isto é, transcrever algumas passagens.
É importante, ter consciência do que se está a passar; e, quanto mais próximos os nossos caminhos se cruzam, mais temos a garantia de que algo está a acontecer, a movimentar-se de acordo com as leis do universo

Escrevi isto em Junho,mas não acabei e publico agora; aqui vai! Escrevam!

Navegando ....


Hoje, já não é sexta-feira no calendário, no entanto, para mim, continua a ser...
O cansaço já se me reveste, mas a vontade das palavras é mais forte!
Conhecer novos seres, que me recordam que na Terra há arco-íris, cujas melodias trovam a minha, em certos tons ou acordes...
Ler artigos que fazem crescer a vontade de exaltar alguns conceitos latentes, que se vêm arquitectando no caminhar, criando o desejo da partilha...
A constante batida duma verdade, que se constrói, dia a dia, cuja edificação é maior do que eu...
A descoberta traz o sorriso e a alegria, que alimentam o rosto de que EU sou a garantia de mim! O conhecimento traz o desafio e a coragem, que sustentam o escudo de que EU sou a força de mim! O desejo de aprender traz o amor, que alimenta o EU SOU O QUE SOU!!!

A alguns, eu gostaria de sossegar, transmitindo que os criaccionistas não são ameaça. Porquê? Porque os seus alicerces são formados de prepotência, insegurança, medo, desejo de manipulação e alimentar a ignorância. Mas a garantia de que o Universo é MAIOR do que eles; que podem fazer? Não temam e tenham a certeza destas palavras: creiam em vós mesmos e nada vos ultrapassa. Pode causar essa aparência (de que eles podem vencer), mas é simples ilusão. Para quantos queiram a demonstração, eu me proponho fazê-la!
Estes pensamentos transportam-me para a recordação de ter recebido um 'pps' que fala de golfinhos... e, meus caros, como é "fácil" ser golfinho! Sim, não nos "ensinam", mas é simples: primeiro, queiram sê-lo! Segundo, as dificuldades surgem, mas aos que verdadeiramente consigo próprios afirmem vontade, encontram uma direcção ao fazerem o apelo por aqui!
Retomando a temática da evolução versus criação > seria relevante conceptualizar ciência, seu objectivo e quem são seus criadores; assim como, Deus e o que lhe está subjacente. Lançando a polémica: Deus é um ser? É mesmo? Quem cria os conceitos e as palavras? O ser humano é um ser inseguro, porque está a crescer. Como é possível ignorar quem somos como Terrenos? Será que os criaccionistas querem ter a consciência disso? É mais fácil e cómodo atribuir o nosso desânimo, frustração a razões/causas exteriores do que se mirarem ao espelho e olharem!
Estaria, aqui, algum tempo mais a falar. Mas aguardarei pelas dúvidas, questões, até comentários.
Que gratificante seria sentir, que se permitem largar a preguiça, os argumentos que foratalecem o... ia dizer silêncio, mas reformulo, mencionando mutismo! Encontram-se sempre defesas para não crescer > - Ah, para comentar é preciso inteirar-me! - Ah, para escrever, não tenho tempo!
Como é triste (as flores secam!) escudarem-se, apelarem, à amizade, quando simplesmente são preguiçosos! Também alegam a aceitação de si próprios, que no fundo não existe, mas legitimando a que demosntram pelos outros.
Vou dormir! E, como sabem os que me conhecem: eu durmo sempre bem!
Uma noite com estrelas e alguns cometas para as loucuras!
Até outro dia!

A beleza de sermos nós!

Quando nos fazem flutuar, isso significa o quê? Que nos permitimos ser mais nós em nós mesmos? Que o amor envolve-nos? Que o amor soltou-se dentro de nós? Que circula?
Esta paz... ou será serenidade? Suavidade? Posso falar em paz doce?
Uma vontade de me deleitar na areia quente, duma noite "agostina", espreitar pelos cantos estelares

Hoje é um dia igual ?


Queria colocar uma imagem, mas ainda não aprendi e continuo no caminho da paciência e dscoberta!
Alguém que me ajude???
As paragens que tenho feito por aqui, têm uma face de rascunho e que aguardam o nascimento! A promessa fica lançada!
Conhecer novos rostos, por este mundo, continua a ser pautado por mim...E, mantêm a contribuição para a minha aprendizagem. Grata diariamente me apresento!
Gesticular as palavras na tentativa de chegar aos outros; aprimorar meu comportamento, alimentando o desejo de alisar a minha missão...
Alguns, dizem-me: Escreve! Publica!
Mas o meu maior prazer, enquanto humana é AMAR!!!
Conciliar as vontades e os desejos...
É como ser terrena e cósmica...
Desafio alguns...
Estendo a mão a outros...
E, amo neste mundo, em que se aprende a fazê-lo!
Até logo!

Um comentário

"Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me: Aqui estou!"
fernando Pessoa

Li este excerto num site de um amigo. "Não acredito em Deus, porque nunca o vi" - pergunto eu? Mas é suposto ver Deus? E, se ele não via Deus, então não se via, sequer a ele próprio. Porque é que o ser humano tem tendência para falar algumas incoerências?
Como é uma incoerência? Mas Deus é um ser? Lá voltamos à nossa conversa do outro dia.
Afinal, quem ou o que é Deus? As pessoas absorveram dogmatismos, teorias e depois, alvitram que não podem acreditar no que não vêem! Mas querem acreditar no quê? Nas verdades dos outros? E, porque não vivem na sua? Porque não buscam a sua?
É mais fácil pegar na dos outros e rejeitar, contestar, ou contra-argumentar numa construção humana.
Se ele não via Deus, não conseguia ver o planeta em que vivia, se não via Deus, é porque o universo onde se encontrava inserido não existia para ele. Tudo o que o rodeava é Deus!
Além disso, ele continuava a tratar Deus, como de um ser se tratasse: se ele quisesse.... Mas quem é Fernando Pessoa para falar de Deus como se se tratasse de alguém! De outro ser humano; porque para Fernando Pessoa, alguém é outro ser humano; ele não conhecia outros seres além dos humanos, certo? Então...?
Mas porque continuam a falar em nome (e por "Ele") de Deus? Se ele quisesse que acreditasse nele... Mas ele perguntou a Deus se queria? O conceito de querer é terreno, no Universo existe o querer? Tem funcionalidade? Deus quer - dizem os Homens!
Deus não quer nada! Deus não é um ser! Deus não tem princípio nem fim! Eu não gosto de falar sobre Deus, porque seria cair na mesma falácia.
A única tentativa existente, aqui, é de mostrar uma outra perspectiva, utilizando a mesma linguagem, com os mesmos instrumentos: as palavras!
E, com certeza que "ELe veio" muitas vezes falar com ele, será que Fernando Pessoa escutou? Eu acredito que sim! Por essa razão, ele era genial! E, entrou muitas vezes, pela sua porta; talvez, ele não tenha visto! Quando o dia amanhecia, era ELe! Quando o seu rosto era humedecido pela chuva, era Ele! Quando as suas lágrimas corriam... quando a alegria o invadia... ou a tristeza... quando sentia frio...
Quem somos nós? Porque continuamaos a alimentar o sofrimento?
Sei que a condição humana possui várias características; uma delas, é o sofrimento! Mas poderemos minimizá-lo? Senti-lo sem que o permitamos tomar conta de nós, falando mais alto?
Está nas nossas mãos, mais precisamente, na nossa vontade, no nosso querer, mudar!
Posso convidar-vos a mudar? É evidente, se despertar o desejo!
Isto recorda-me, que tenho de vos falar numa história: a diferença entre desejo e expectativa < que se continua a confundir!
Estou a acabar de ler um presente: "As velas ardem até ao fim", de Sándor Márai. Partilha: leiam! Tragam os vossos pensamentos, as vossas dúvidas... Possivelmente, encontram algumas respostas ao colocá-las! Desafiam-se e a mim!
Um até aconchego!

Lua Cheia

A lua cheia chamava por mim, como tu me chamas; eu não consegui resistir.
Deixei-me ir e fui... fui... até entrar em ti.
Ao entrar em ti, enlouqueço... por ti!
No regresso a casa, escutando uma música (que não escutarias), olhei o céu.
A lua por entre as nuvens, a sua face plena.
Hoje, é Lua Cheia!
Queria penetrar na montanha e que viesses comigo.
Juntos, seremos a tímida nascente, por entre as raízes. Juntos, o sopro de uma árvore para a outra. Juntos, caminhamos, hesitantes, no mesmo trilho e sorrimos. Olhamos, um no outro, e esquecemo-nos de nós!
Quando repousas em meu regaço, fundes-te!
Quando me encontro, a meio trilho, do teu.... dissolvo-me!
Vem, como o gavião, no seu vôo, agarra sua presa e volta ao seu esconderijo!

Poemas

Gostaria de partilhar algo, que me parece é uma preocupação, da maioria dos seres humanos: o AMOR! Acabei de ler o artigo da Rosana Braga. É importante a reflexão sobre o assunto, mas sem cair na falácia da crítica fácil, porque não compreendermos a real razão de tanto "sofrimento" humano. Eu não gosto de falar do que não sei (isto é, ainda não li o livro todo), como de um livro de que tive conhecimento, este fim de semana: "A arte de amar", de Erich Fromm. Talvez, tenhamos de encarar que a questão é: as pessoas precisam aprender a amar! Afinal, o que é o amor? É uma só palavra para designar muita coisa. Talvez, fosse muito importante descortinar este conceito. Estou a tentar fazê-lo (com alguma inércia, reconheço) no meu blog, porque ainda não encontrei outro local para o fazer. Sei que tenho um compromisso comigo e com o mundo, estou a preparar-me para tal. Mas é urgente, realmente, falar sobre isto! Ajuda, em ambos os sentidos, isto é, dar e receber. E, vou construindo o meu desenvolvimento e dando o que assumi fazer! Todos os que quiserem compreender o que é isto, estou ao dispor! Creio que este espaço, não se sinte constrangido, pelo contrário, acredito ser o seu propósito e por isso continuo a divulgá-lo, porquanto o considero fundamental, para o crescimento de todos! Continuo a senti-lo como dos mais importantes. Mas estou aqui, para todos os que precisarem e sentirem necessidade de se compreenderem e aos que vos rodeiam. É essa a minha missão. Sei que posso parecer... convencida, ou o que quiserem dizer, mas é mesmo assim! A principal razão pela qual o ser humano está na Terra é aprender a AMAR! Querem? É uma aprendizagem árdua, mas possível! Bem hajam todos os que trabalham nesse caminho! Amem-se!

2006-02-20

Pesquisa

Vamos á aventura


procuro companhia para viajar pelos caminhos que o mundo nos oferece...

Desafio

Lágrimas!
Que correm no rio que
nos deleitamos
onde lavamos as nossas "dores"
e, no entanto, quantas
são alegria!!!
Umas, contam o reencontro!
outras, a descoberta de nós
do outro!!!
São palavras caladas
que nem sempre os outros querem escutar
são caminhos que trilhados
têm batalhas
ou arco-íris!
são trocas corpóreas
no momento do êxtase!
São entregas!!!
ana!

2/10/05 (14h30)