2006-04-23

Violeta, na janela.....


Onde te escondes? Estás e não estás! As tuas pegadas são vísiveis?
É estranho o luar que te cobre, porque o sol que te quer tocar, tu não o queres! Os seres humanos querem as estrelas e esquecem, tão facilmente, da que se encontram tão perto.
Tu existes? A água, com que te regaram e alimenta, parceria com a fonte, que nasce na serra. deita-te com ela e verás o mundo em cada gota.
Deixar-me... cerrar os olhos e entregar-me... faz sair de mim, toda a vontade de gritar e de sorrir...
As palavras não contam, nada! Estão vazias, porque são sómente símbolos.
As saudades já nem significado registam...
Fazes nascer a dúvida que não quero sentir...

2006-04-15


Andar pelas margens exige um equilíbrio que nem, todos os dias, somos capazes de encontrar, na medida em que nos entregamos ás emoções e deixamos que o vento tome conta de nós e do nosso corpo.

2006-04-12



"Quando nascemos não escolhemos o nosso nome e, por principio, também não escolhemos a religião ou o colégio. A primeira decisão que fazemos consciente ou não são aquelas em que ouvimos o nosso coração. Na vida as decisões são feitas com o coração,que sejas feliz.continua a ser tu mesma porque vale a pena. Admiro-te. Beijos "

Quando nasces não escolhes o nome? Como sabes? Não permitiste que eles to escolhessem? Como sabes que não??? . E, sim, escolhes a religião e o colégio, é só um meio, que no fundo de ti, já querias.
Quando ouves o teu coração, já tomaste muitas decisões, não foi a primeira. As escolhas, com o coração como dizes, são as certas? Mas qual coração?
Eu sou sempre EU mesma, não posso ser outro ser, há um compromisso comigo, tenho uma função. Não me admires. Admira-te! Então, sim, verás nascer o meu sorriso!


Se o labirinto, por onde caminho tivesse um rosto conhecido, não seria um trilho, mas uma vereda escondida por entre ramos que , sendo suficiente, se levantariam com um sopro.
A ramagem que se escolhe, vestir, é coerente com o ser, que se encerra, mesmo quando a descoberta é contínua e a aventura perene.
As mãos entrelaçadas vigoram o alimento, que esquadrado, desbrava os escônditos e vorazes ecos interiores.
Libertar as amarras, que nos propusemos, é o desafio mundano...
Aleluia pela benção do outro, que chega!


http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=3539&onde=2


Visitem este link. Já que entram e não são capazes de dizer, deixar, nem que seja um olá!... Se, sou egoísta?! Talvez... sabem, porquê??? Porque eu sou humana, enquanto andar por este planeta.
Bem gostaria de ser marciana, plutoniana, ou pertencer a outra galáxia, por mais que isso seja utópico, para algumas mentes que povoam este "terreno", eu gostaria bem de ser, mesmo desconhecendo o que "isso" possa ser.
Hoje, recebi um mail falando de maravilhas da minha "casa". Os cientistas andam a "vasculhar" e vão descobrindo, aquilo que desconheço, mas que creio, todos nós sabemos.

astronovas-subscribe@oal.ul.pt
e
http://www.oal.ul.pt/astronovas/galaxias/merge.jpg

Hoje, conversei com uma mente, que tem, bem metade do meu tempo terreno, e no entanto, ela sente o que eu sinto: uma impotência perante os nossos pares masculinos e, talvez, perante o caminho que escolheu para si.
Como é "bom" eu sentir que alguém, que tem 23 anos sente o mesmo que eu e acredita em si, como eu acredito.
E, sabem porquê? Porque tem sempre um rosto sorridente, uns olhos maravilhosos e que crê na tal "vida" que os humanos falam, desejam, mas... que no fundo não acreditam!!!!
E, tenho a certeza que acredita em si!
Cristo viveu neste planeta, como outros iguais a Ele. Mas o que as pessoas aprendem com ele? Amar???
Vós, outros, sabem amar?
Aceitam o próximo que está, aí, ao vosso lado? Aceitam???
Aprendem a compreendê-lo??? Se fosse um amigo, uma amiga, teriam todo o tempo e compreensão do mundo, mas como é o/a companheiro/a que estão fartos de aturar.... ufa! Que chatice! Lá vem ele/ela!
Onde está o "amor" que lhe tinham? A alegria que sentiam, quando chegavam perto um do outro? Que fizeram para manter acessa essa luz?
Mas, no entanto, agora enviam pps, uns para os outros, com lindas palavras, lindas frases, mas ali ao lado há alguém que quer o vosso amor... ou não, porque está no mesmo degrau que vós!
Vós que me conheceis, ou não, dizem... lá está a ana a refilar...
Sabem porque mencionei o link que se apresenta no início?
Porque fala daquilo que viveis, diariamente. Se vos dissesse que eu não sou assim, vós acreditarieis?????
Há pessoas que sabem que eu não fui daquela maneira com os meus filhos, porque o meu papel é de uma pedagoga, alguém que orienta, como alguém que conheço que diz que "devemos" ir ao lado, ou atrás, do outro, porque a função é amparar.
Amparar não é propriamente proteger, dar o que queríamos para nós. O outro precisa do que ele precisa, não do que consideramos que é a verdade.
A sua verdade é a tua? A vossa liberdade termina onde começa a do outro. Sabem como isso se vive?
Já ouço: mas quem és tu?????
Eu???
Não sou nada nem ninguém. Talvez umas palavras escritas, mais nada.
Porque é "pecado" lutar pelo que se quer? Porque as pessoas não o fazem e querem acreditar que isso é a verdade, têm que me mostrar que é o "correcto"??
Eu vivo como EU quero! Quem não têm essa coragem... Ou será que não vivem??? É difícil encarar que essa vontade, tenha sido a escolha mediana da paz? Uma escolha que inclui o sofrimento...
Não, não existe problema em escolher o sofrimento, se foi uma escolha consciente; talvez, não seja apaziguador, se essa escolha sofredora não tiver sido escolhida em consciência e responsabilidade. As sementes plantam-se e os frutos são, exclusivamente, nossos!
E, meus caros, não venham, para cima de mim, dizer.... - ah, ela fala, mas... tem telhados de vidro!
Sim, eu tenho limitações e lições de vida, mas a minha constante é essa: viver com integridade, e isso significa viver de acordo, em coerência com os meus princípios e valores. Não falo e vivo outra coisa.
E, sabem que estou, sempre, aberta a críticas, mas construtivas, porque a amizade é uma construção; não pedras que deixam marcas.
O desafio está lançado......

2006-04-02


a João SPP

por entre palavras
emaranhadas e sofridas
chegámos a porto
silvestre...

por entre sílabas
voltámos páginas
de mãos enlaçadas
toqueando
as penumbras...

resta o
silêncio de contrariedades
almejadas
certezas...

uma vontade
ansiada
segundo a segundo,
no mar das horas
ressoava
por mim...

no leito debruçado
o esquecimento realizou
o serpentear
corpóreo...

a languidez
das vozes calorosas
penetra nos poros
exaltando
um perfume...

o choque de corpos
esfuma-se, vulcanizando
o sonoro
espaço entre eles...

o sossego inquieto
restou sereno
até aclamar
o único embalar...

a entrega não
chega, antes
do deslumbre luar
que os ocupa
na mansidão de espaço...

sem o olhar
das mãos
o chamar ecoa
em si
por ele
através de UM...

vigiando o folgar
atenta o toque
sibilante dum corpo
no resguardo do outro...

amálgama de sussurros
fadiga transpirada
de encontro
a vales e rochedos
traz a voz
do vôo almejado...

sem o olhar
das mãos
a volúpia brota
até a serenidade
abranger o restauro
de cada um, em si...

a musicalidade
permanece...


de alguém, que deixaste travesso...