2018-03-16

O Meu Caderno Diário

O sol está tímido. O frio continua. O meu joelho refila um pouco. E, tenho de me focar na escrita. Tenho artigos para escrever e depois costura para fazer.
Continuo a sentir que as pessoas parecem um pouco perdidas. A tecnologia informática faz parte do nosso dia-a-dia. Recordo-me que há uns anos atrás, uma das reacções era negar a mesma e não queriam aprender e achavam que era um disparate, quando ela já fazia parte de muitos campos. Desde a medicina até à gestão das empresas, das fábricas, etc. A tecnologia não é algo negativo. 
É relevante não nos esquecermos que a dualidade e o livre arbítrio fazem parte de sermos humanos. Isso leva-nos a tomar constantemente decisões, fazer escolhas e em vez do processo ser facilitado, temos a desafiante posição de ter no mínimo dois caminhos, dois lados. Cada vez mais tenho a certeza que apostar nos valores a transmitir aos mais jovens (por estarem a moldar a sua mente, direi assim), de modo que deixem de necessitar de reprogramar, de despir crenças, valores, atitudes que lhes são inúteis.
Dar meios, ferramentas para que pensem por si e não pela mente dos outros. Hoje, vivemos o resultado de terem existido lacunas, algumas graves, no crescimento dos progenitores. Ou protegem demasiado os filhos, facilitando-lhes demais o processo de desenvolvimento e escuto que os jovens perderam valores, pois de quem é a responsabilidade?
Dos que quiseram compensar os filhos do que não tiveram. Esquecem de algo dum pilar essencial ao crescimento: responsabilidade. Como se ensina alguém a ser responsável > é um dos desafios que os educadores (não somente os pais) vivem na actualidade.
A sociedade de consumo não colabora com isso. Ao se viver o stress o processo continua a ser alimentado. Existe demasiada informação e as pessoas ao quererem fazer o seu melhor, por vezes, deixam de usar um filtro e caem no exagero.
Recordo-me de quando fiz parte da Associação dos Pais da escola preparatória das minhas filhas que sentíamos que os pais despejavam os filhos nas escolas e consideravam que era responsabilidade dos professores educarem os filhos. Pois bem, isso não é uma função da escola. A escola é um espaço para transmitir informação, que cada ser irá transformar em conhecimento. Estamos numa escola para aprender.
Isto foi há mais de 20 anos e ainda se sente esse estigmas nas escolas.
Fico feliz por sentir que algumas estão a mudar e que esse trabalho é o trabalho conjunto de pais e professores dessas mesmas escolas.
Sou dos seres que acreditam que o mundo está a mudar. Tem o ritmo de que o ser humano consegue viver; somos todos feitos de hábitos e isso é um processo moroso quando nos dispomos a mudá-los.
Quero pedir-te, meu Amigo Especial, que me ajudes a focar-me em mim porque há objectivos que tenho para atingir.
Obrigada por tudo.
Ana Guerra


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