2013-11-09

um dia...

Os dias sucedem-se e o caminho percorre-se...
Depois da reflexão, encontra-se uma luminosidade necessária e ambicionada. 
Eis-me chegada a um destes horizontes, e com satisfação partilho este momento.
Acredito que é retribuída, no sentido do vislumbre de um novo equilíbrio. 
Decerto, o sorriso desenha-se em teu rosto, sentindo a minha descoberta: uma águia pousa em meu redor, trazendo-me a proximidade da experiência tornando-se conhecimento.
Partilha: a tranquilidade, que esse saber transforma em caminhar resoluto. 
Obrigada, incansável palavra proferida, pelo silêncio mestrado sem consciência

2013-07-12

Viver com o rosto de um invisível...
viver dando a mão, com um sorriso...
viver no pensamento...

Amanhã, o mar conta-me a história 
                               da sereia...
que encontrou Neptuno...
aquele com quem adormece....
aquele a quem conta os seus pensamentos...

No outro dia, chega a serenidade...
e o encontro dos dois...

A exaltação surge do encontro...



2013-05-24


http://www.youtube.com/watch?v=8UVNT4wvIGY
 Diagonal da Vida
Ao olharmos o caminho que percorremos na vida, ao abarcarmos o seu «erróneo curso labiríntico» (Fausto), não podemos deixar de ver muita felicidade malograda, muita desgraça atraída, e talvez facilmente exageremos nas repreensões a nós mesmos. O curso da vida não é certamente a nossa obra exclusiva, mas o produto de dois factores, a saber, a série dos acontecimentos e a das nossas decisões. Séries que sempre interagem e se modificam reciprocamente. Além disso, há o facto de que, em ambas, o nosso horizonte é sempre bastante limitado, na medida em que não podemos predizer com muita antecipação as nossas decisões e muito menos prever os acontecimentos; na verdade, de ambos conhecemos com justeza apenas os acontecimentos e decisões actuais.
Sendo assim, enquanto o nosso alvo está longe, não podemos dirigir-nos directamente para ele, mas só por aproximações e conjecturas, amiúde tendo de bordejar. Tudo o que conseguimos é tomar decisões sempre segundo a medida das circunstâncias presentes, na esperança de fazê-lo bem, para desse modo nos aproximarmos do alvo principal. Na maioria das vezes, portanto, os acontecimentos e as nossas intenções básicas são comparáveis a duas forças que agem em direcções opostas, sendo a diagonal resultante o curso da nossa vida.

Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'