2018-06-27

O Teu Caderno Diário - Terapia MY DISCOVERY





Bom dia!!!

Uma nova etapa está a nascer
entregar-me com todo o meu ser
é um compromisso!
Ana Guerra

fotografia: Charles M. Schulz
música: https://www.youtube.com/watch?time_continue=33&v=uyhHBrBn-v0

2018-03-21

O Meu Caderno Diário

Temos vivências diversas e isso será gratificante como troca e não como competitividade. Ambos temos tendência para cair nisso. Recuar ou travar nesse ponto será benéfico.
Conseguir respeitar e suportar os silêncios e ausências de cada um, para que a agressividade não seja objecto de dor.
E, depois disto tudo o resto virá por si mesmo, hem?
Talvez seja esta a melhor hipótese que podemos dar um ao outro para que o rompimento não seja a via a escolher, por mim.
Neste preciso momento quero estar só, mas se a vontade de estares comigo te bater à porta, pois faz o que sentires vontade, mas tenta entender o que possa conseguir dar.
Exemplo: prefiro estar calada ou falar de coisas que não sejam nós, mas se tiver momentos em que não tenha vontade de falar, não insistas, isto é, queres saber o que se passa comigo. Deixa-me encontrar sozinha a tranquilidade. Porque sei que posso sentir vontade de estar contigo, como tu de estares comigo, mas sem falar, e simplesmente que as coisas aconteçam por si. Percebes?
E, com isto, quero dizer que podemos beneficiar dos nossos momentos de partilha mais íntima sem constrangimentos. Deixa-me ficar com os meus pensamentos. Talvez te possa dizer que se sentir vontade dos partilhar, fá-lo-ei naturalmente, senão fico na minha concha.
Se me encontrares triste, deixa-me estar triste, é porque preciso dessa tristeza; se me encontrares muito feliz, deixa-me exteriorizá-lo, por que preciso de o fazer. Se chorar, deixa-me chorar, por que será necessário fazê-lo. Não perguntes porque o faço. Acredita que se sentir necessidade de partilhar as razões, fá-lo-ei naturalmente sem que precises pedir. Aceita todas estas coisas sem ter necessidade de as entender. Sou possuidora dum complexidade simples, e talvez, aceitando-a, seja mais fácil entendê-la. Talvez tentar entender o meu modo de sentir seja mais complicado do que vivê-lo. Se tiver necessidade que me entendas, partilharei isso.
Estou em paz e isso é bom. Permite que assim fique para conseguir encontrar maneira de recomeçar a viver e por conseguinte, a produzir.
Espero que aceites a proposta. Agora é contigo. Um beijo terno, Ana!

O sorriso
          que tenta nascer
   é para ti
 como o olhar terno
         que te lanço.
O perfume que flui
       é veste envolvente
    como brisa reconfortante.
Aqui neste castelo
      de ameias solarentas
  em que o encanto
              é obrigatório...
Vivem-se amores perfeitos
         violáceos gestos
     enlaces cristalinos
          e
      comunhões doces...
Deleitemo-nos no manto
                                  verdejante
            e fresco
    acordando do sonho vivo!...
Ana Guerra
16.02.96

2018-03-19

O Meu Caderno Diário

Hoje, vou iniciar um novo percurso por aqui. 
A ideia chegou pela intuição. Se foi o meu Anjo da guarda ou se foi outro ser, desconheço, uma vez que isso não é importante para mim. Sei que nunca estou sozinha, e que o meu amigo está sempre comigo. Portanto, Esta ideia é um novo projecto.
Vou pegar numa história que escrevi, partilhar e com ela debruçar-me sobre o comportamento humano. Todos aqueles momentos que fazem parte do nosso dia-a-dia e que muitas vezes, temos dificuldade de gerir.


Um dia ao levantar-se, olhou pela janela e viu o mar.
Ondas altas e azuis viviam sobre a vida marinha.
Marina recordava os tempos idos, quando se deleitava com a frescura da água salgada e o calor dos grãos de areia, da praia onde passava as suas férias, na infância.
Aquele despertar do sol relembrava-lhe o Verão passado, que lhe tinha dado muitas alegrias, mas que no momento lhe faziam as lágrimas rolar pelas faces.
Marina estava só em casa. Os seus parentes tinham saído, para fazer compras. Não quis ir com eles, porque, apesar de ser manhã, encontrava-se cansada e sem humor para enfrentar a vida citadina.
Absorta nas suas recordações, Marina não ouviu tocar o telefone e só ao terceiro toque ela despertou dos seus sonhos.
Despertando, dirigiu-se à mesa onde estava colocado o telefone, no hall da casa. - Estou? - perguntou Marina. Ouvindo do outro lado da linha, uma voz masculina, escutou: - Estou. A menina Marina Silveira está?
Reconhecendo a voz de quem se encontrava do outro lado, desligou o telefone. Mais perturbada ficou. Começou a sentir-se indisposta e a custo foi deitar-se, no quarto. E, adormeceu.
Quando os seus tios regressaram das compras, encontraram-na a dormir, vestida, em cima da cama. Marina, ao escutar ruídos na cozinha, despertou e por momentos ficou assustada. Ao escutar as vozes que vinham do andar de baixo, ficou mais tranquila. Levantou-se, passou o rosto por água e desceu. Encontrou os tios na cozinha, que arrumavam as compras.
Disse-lhes que se preparava para sair, pois tinha combinado com uma amiga de infância, encontrarem-se no apartamento dela, em Sintra.
- Tudo bem! - disseram os tios em uníssono. Deu um beijo aos tios e saiu.
Pegando na bolsa, tirou as chaves do carro e abriu a porta do seu Fiat 127.
Tinha intenção de chegar cedo a casa da Teresa. Pois tinham feito uns planos bestiais para aquele dia de Primavera. As flores começavam a aparecer aqui e ali, pelo campo. As floristas deveriam sentir-se felizes, por que as flores estavam a crescer e em breve todo o mundo quereria florir as casas.
Atenta à estrada e ao mesmo tempo absorta nos seus pensamentos, de repente ficou em pânico, por andar demasiado fatigada e nervosa. Viu um homem de braços abertos agitando um pano.
Subitamente, o seu carro pára sem ter tido consciência de ter colocado o pé no travão. Parou e por momentos não conseguiu raciocinar. Contudo automaticamente, abriu a porta do carro e dirigiu-se para o indivíduo, ao mesmo tempo que este ia ao seu encontro. 
Parecia estar noutro mundo. Aquela realidade parecia não existir. No mesmo instante, aflorou-se-lhe na mente a Teresa, o telefonema e sentiu-se extremamente cansada.
- Que aconteceu?- perguntou Marina, ouvindo a sua própria voz.
- Tenho um problema no meu carro - respondeu-lhe uma voz de homem, que parecia saber bem o que queria da vida.
Foi quando ouviu a sua voz, que Marina despertou daquele sonho, transe, estranho. Olhou à sua volta, como a certificar-se onde se encontrava.
Em tudo voltou.
- Pois bem, diga-me o que se passa e o que poderei fazer por si, Sr... - disse Marina.
- João Alves - respondeu-lhe o indivíduo. - O que se passa com o meu carro é o seguinte: devo ter o depósito da gasolina roto, pois encontro-me sem combustível para continuar viagem.Gostaria de saber se seria possível que a Senhora me poderia dar boleia até ao local mais próximo onde pudesse resolver esta situação.
- Pouca sorte a sua, Sr. Alves, pois só existe um contratempo. Eu vou para Sintra e não sei se lhe interessa ir para aí. Além disso, quem me garante que o Senhor está a dizer a verdade?
- Oh, minha Senhora, por amor de Deus, estou a dizer-lhe a verdade. Que interesse teria eu em estar parado numa estrada como esta?
A impressão que Marina teve, foi agradável, no entanto, com receio de ser enganada por mais um homem, levou-a a mostrar-se desconfiada. Ele está bem vestido e parecia que se encontrava de férias.
- Bem, então - resolveu dizer Marina  - vamos lá. Feche o seu carro e dou-lhe boleia ao local mais próximo. Só que vou para Sintra, e terá de resolver aí o seu problema.
João Alves fechou o carro e tirou aquilo que necessitava. Entretanto, Marina foi sentar-se ao volante. Pensativa, dá por si a admirar aquele homem, bem parecido, másculo e que `a primeira vista mostrava-se honesto e sincero.
Marina tinha tido, recentemente, uma má experiência e ainda estava a sofrer os efeitos disso. No entanto, isso a não tornara insensível ao sexo oposto e logo nada a impedia de admirar.
Ela gostava de ver um homem bem vestido, simples, que o aspecto geral a agradasse e ainda mais se o seu íntimo lhe dizia que havia um não sei quê que a atraía. Tinha um bigode, não muito espesso e bem delineado; um rosto masculino, com uma barba bem escanhoada e uns olhos maravilhosos, azuis, da cor do seu querido mar. Aquela pele morena que lhe fazia lembrar a praia, o sol, o calor, o sorriso, a alegria.
quando se apercebeu que ele se aproximava do carro, tentou disfarçar os seus pensamentos e de súbito endireitou-se no banco e colocou as chaves na ignição. Pôs o carro a trabalhar, enquanto esperava que ele entrasse.
João Alves entrou e ela, por segundos, reparou no seu perfil e ficou maravilhada com tal semblante. pareceu que não estava ali, que sonhava. Para sentir que estava ali mesmo disse: - De férias?
- Ainda de férias, mas de regresso a casa - respondeu João Alves.
- Ah, por isso, está tão bronzeado. Esteve no Sul, não?
- Responder-lhe-ei, mas antes disso, queria saber o seu nome, não mo disse.
- Marina Silveira, perdão por não ter dito. Esqueci-me completamente, preocupada em pensar onde poderei deixá-lo em Sintra. Talvez a minha amiga Teresa o possa valer, pois ela reside lá e conhece o local melhor do que eu.
- Sua amiga Teresa? Com certeza vai encontrar-se com a sua amiga e estraguei-lhe os planos.
- Oh, não de forma alguma. Combinámos que apareceria de manhã, antes do almoço, por isso, não tem problema.
- Então assim, tudo bem, fico mais descansado.
Calaram-se ambos. Marina ficou atenta à estrada e João olhava a paisagem. Por momentos cada um ficou com os seus pensamentos.
Marina enalava o cheiro agradável que vinha de João, e isso fez com que se sentisse mais agradada. Pensou que teria sido bem agradável ter encontrado um homem assim em vez daquele Luís que tanto a fez sofrer. Bah, não queria pensar no Luís, tendo uma companhia tão agradável.
Pensou: Deus queira que a impressão que teve dele não fosse falsa e nada de desagradável acontecesse.
- E, a Marina que faz? Também se encontra de férias?
Marina "regressou à terra" ao ouvi-lo perguntar.
- Sim, sim estou de férias em casa duns tios meus, na Ericeira. Sabendo que me encontrava bastante esgotada, convidaram-me para vir passar uns dias com eles. Como adoro o mar e me apetecia estar só,m aceitei o convite.
- Gosta do mar?
- Ah, adoro! -  exclamou Marina.
- Não me diga que gosta de ouvir o marulhar das ondas e sentir o cheiro fresco com que o mar envolve a terra?
- Sim, isso mesmo! Como é engraçado encontrar alguém que pense como nós. Geralmente, penso que aquilo de que gosto parece ser insólito e estranho para os outros. Raramente, encontro pessoas que sentem o mundo como eu.
No momento, Marina apeteceu-lhe carregar no travão e parar o carro, conversar com aquele personagem que parecia vir de outro mundo. Sentiu vontade de dizer um poema, e claro que seria inoportuno. 
João Alves era um desconhecido e no entanto, além de se sentir agradada, ele inspirava-lhe confiança e não sabia explicar bem porque motivo.

Ana Guerra




A vida parece sorrir para mim.
O meu desejo é que continue assim
por algumas dunas.
Que a brisa sopre no meu
rosto e traga o teu
gosto...
O sal apaladado na minha boca
recorda-me os sonhos
que vivo
a teu lado...
As ondas que me embalam
têm origem em ti!

Ana Guerra
25.07.2000
A brisa azulácea fustiga-nos
o rosto
e relembra-nos o gume frio
da espada que embainhamos
no dia-a-dia.

Ser diferente
é como o vôo da gaivota
sobre o deserto; 
ser igual
é como o feno
cantando com o vento.

O contraste acorda-nos
e desafia-nos para a vida.

Olhar em redor
é tarefa fácil 
quando aprender, focando o horizonte,
tornar-se-á mais confuso
turvando a vista...

Ana! 15.05.98

2018-03-18

O Meu Caderno Diário

Aqui estou eu! O dia tem estado cinzento, apesar de neste momento estar o céu mais limpo e o sol dá o ar da sua graça.
Tenho a sensação que, agora, é que estamos no Inverno rsrs 

Ontem, recebi a visita de duas amigas e estivemos a ver o material que tenho de costura e o que podemos criar. Só falta mesmo o espaço para podermos expôr o trabalho que criarmos. Vamos continuar a acreditar que o Universo nos trará a solução, em breve.

Hoje, vou terminar de organizar o material, pois tenho muitos tecidos que preciso voltar a organizar por que recentemente ganhei mais. 
Gosto dos dias em que me sento a criar. Manusear e estar em contacto com os materiais, pois pode-se fazer milhares de objectos, roupa e tantas outras coisas.
Também estivemos a viver a surpresa que tinha para elas. A surpresa era gravarmos alguns minutos do que irá fazer parte do programa de rádio online que tenho estado a gravar e que irá sair em breve. Estou entusiasmada com o projecto, por que funciona como motivação e ajuda-me a pensar nos temas com mais cuidado e prepará-los. Isso contribui para um outro projecto que desejo que se inicie com mais frequência. Os workshops. Vamos ver o que acontece.
Tanta coisa para fazer. Estou naqueles dias em que me sinto uma barata tonta, tanto que fazer e sem saber por onde começar rsrsrs. Claro que é um momento de segundos, porque estou demasiado habituada a pegar numa ponta e ir deixando a fluir o que há para fazer. 

De repente, veio-me o seguinte pensamento: é engraçado como a intuição funciona. Por vezes, há algo que quero encontrar uma solução e quanto menos espero, acontece. Agradeço de imediato aos meus "amiguinhos" pela ajuda. Ainda na 5ªfeira aconteceu um desses momentos. O meu actual telemóvel está "doente", a bateria é consumida mesmo sem o usar, só estando desligado é que permanece igual. Então, resolvi usar o anterior telemóvel. No entanto, não me recordava onde estava o carregador. Procurei, procurei e nada. Na 5ªfeira, a mexer numa caixa que tinha no quarto com coisas (tive uma vontade súbita de ir arrumar o que lá estava dentro) e não é que o carregador estava lá?!! Pois, senti logo que não tinha sido o acaso.  Cada vez mais me deparo com momentos como este, que tenho a nítida sensação que (independentemente de saber que no nosso cérebro está toda a informação de que precisamos) sou ajudada. Como se se desbloqueasse algo no meu cérebro. Ou que seja colocada alguma que nunca acedi, como aquilo que costumamos chamar de tive uma ideia, deu-se um clique.
Estes fenómenos ajudam a desenvolver a minha auto-confiança. Fico agradecida por situações destas no meu dia-a-dia.
Ana Guerra





2018-03-16

O Meu Caderno Diário

O sol está tímido. O frio continua. O meu joelho refila um pouco. E, tenho de me focar na escrita. Tenho artigos para escrever e depois costura para fazer.
Continuo a sentir que as pessoas parecem um pouco perdidas. A tecnologia informática faz parte do nosso dia-a-dia. Recordo-me que há uns anos atrás, uma das reacções era negar a mesma e não queriam aprender e achavam que era um disparate, quando ela já fazia parte de muitos campos. Desde a medicina até à gestão das empresas, das fábricas, etc. A tecnologia não é algo negativo. 
É relevante não nos esquecermos que a dualidade e o livre arbítrio fazem parte de sermos humanos. Isso leva-nos a tomar constantemente decisões, fazer escolhas e em vez do processo ser facilitado, temos a desafiante posição de ter no mínimo dois caminhos, dois lados. Cada vez mais tenho a certeza que apostar nos valores a transmitir aos mais jovens (por estarem a moldar a sua mente, direi assim), de modo que deixem de necessitar de reprogramar, de despir crenças, valores, atitudes que lhes são inúteis.
Dar meios, ferramentas para que pensem por si e não pela mente dos outros. Hoje, vivemos o resultado de terem existido lacunas, algumas graves, no crescimento dos progenitores. Ou protegem demasiado os filhos, facilitando-lhes demais o processo de desenvolvimento e escuto que os jovens perderam valores, pois de quem é a responsabilidade?
Dos que quiseram compensar os filhos do que não tiveram. Esquecem de algo dum pilar essencial ao crescimento: responsabilidade. Como se ensina alguém a ser responsável > é um dos desafios que os educadores (não somente os pais) vivem na actualidade.
A sociedade de consumo não colabora com isso. Ao se viver o stress o processo continua a ser alimentado. Existe demasiada informação e as pessoas ao quererem fazer o seu melhor, por vezes, deixam de usar um filtro e caem no exagero.
Recordo-me de quando fiz parte da Associação dos Pais da escola preparatória das minhas filhas que sentíamos que os pais despejavam os filhos nas escolas e consideravam que era responsabilidade dos professores educarem os filhos. Pois bem, isso não é uma função da escola. A escola é um espaço para transmitir informação, que cada ser irá transformar em conhecimento. Estamos numa escola para aprender.
Isto foi há mais de 20 anos e ainda se sente esse estigmas nas escolas.
Fico feliz por sentir que algumas estão a mudar e que esse trabalho é o trabalho conjunto de pais e professores dessas mesmas escolas.
Sou dos seres que acreditam que o mundo está a mudar. Tem o ritmo de que o ser humano consegue viver; somos todos feitos de hábitos e isso é um processo moroso quando nos dispomos a mudá-los.
Quero pedir-te, meu Amigo Especial, que me ajudes a focar-me em mim porque há objectivos que tenho para atingir.
Obrigada por tudo.
Ana Guerra


2018-03-15

O Meu Caderno Diário

Olá! Hoje, tive um sonho que me fez pensar na mensagem que eventualmente poderia ter. Sonhei com o meu quarto companheiro, que já faleceu. Recordo-me exactamente duma característica que ele tinha que me fez, muitas vezes, pensar na causa de ele ser como era. 
As coisas não tinham muita importância para ele, isto é, havia hábitos diários que usava que me faziam um pouco de confusão, como não arrumar o que desarrumava, tipo deixar a louça por lavar, acho que o sonho tinha isso, no entanto, o que me recordo, com mais nitidez, do sonho, foi um momento em que ele tinha algo na boca e lhe perguntei porque é que ele não mastigava tudo. antes disso, foi o facto de pedir-lhe que viesse para junto de mim e ficou passivo; tive de o ir buscar. Ele fazia isto muitas vezes. Será que a mensagem é recordar-me que há comportamentos que ainda me incomodam? Talvez. Desconheço por que sonho o que sonho. Deixei de procurar uma explicação. Enfim!
Aconteceu outra situação que me fez reflectir (será que teria alguma relação com a mensagem do sonho, ou antes, algo relacionado com comportamentos em que preciso reflectir).
Um membro de um dos meus grupos no Facebook, resolveu provocar-me. 
Ontem, acrescentou uma opção à sondagem que coloquei. Eu apaguei. Hoje, voltou a acrescentar mais duas. Voltei a apagar e no momento, voltou a aparecer outra. Portanto, além de acrescentar opções sem sentido e não ter votado, escolheu usar esse método em vez de fazer comentários ou entrar em diálogo comigo, por uma mensagem. A emoção que senti de imediato foi: ficar furiosa rsrsrs
Furiosa sem me irritar. A cobardia é um comportamento com o qual tenho alguma dificuldade em gerir. Aceito que o outro seja como é, no entanto, a cobardia é falta de integridade.
Foi algo que o meu pai me ensinou através do seu comportamento: honestidade e integridade. Muitas vezes isso faz-me recordar o conceito de Honra que antigamente os guerreiros tinham. É algo que sinto dentro de mim (sei que essa é uma recordação que tenho de algumas vidas em que fui homem e guerreiro) e que vejo que as pessoas nem sempre sabem o que significa. 
O meu pai foi um homem honesto e íntegro e sei que isso nem sempre é alimentado pelas pessoas por que acham que a sociedade não valoriza essas características. Pois bem, a corrupção é algo que vemos em muitos cantos sociais, contudo podemos fazer uma escolha. A minha foi ser íntegra. Por vezes, isso incomoda os outros. Estou-me nas tintas. Porque a paz dentro de mim é mais importante. 
Bom, voltando ao que aconteceu no grupo. Reconheço que situações destas ainda mexem comigo e a pergunta que costumo fazer, é: o que tenho a aprender com o que está a acontecer. Pois bem, senti e geri o que estava a sentir, em vez de alimentar essa emoção. 
Eis o exemplo do que costumo partilhar: a gestão das emoções. Irei sempre sentir seja o que fôr, posso é escolher continuar a sentir ou não.
Perguntei-me: bom o que posso fazer? Partilhar o que senti? Assim o fiz.
Escrevi no grupo algo que parece ter resultado por que as opções deixaram de aparecer. O grupo é meu e eu faço o que quero com ele. rsrs Cada pessoa pode criar um grupo, portanto, se não gosta de estar ali, porque é que fala em fascismo, absolutismo, etc? As regras do grupo são minhas rsrsrsrs. Ninguém é obrigado a estar ali. Aceito a participação das pessoas dentro das regras do grupo que foram criadas por mim. 

O grupo tem um determinado objectivo, só lá permanece quem quer. É este o meu comportamento dentro de outros grupos, logo é dessa forma que funciono no meu. O modo que me respeito é da mesma forma que respeito o outro, chamo isso aceitação. 
Aceitar não é concordar com tudo o que o outro faz ou diz. Aceitar é respeitar como o outro é. Sei que não posso mudar ninguém (nem o desejo). Logo, aceitar é o melhor caminho. Isso também contribui para que não hajam desilusões (algo que eu deixei de ter há muitos anos). 
Sei que um dos grandes desafios dos casais é aprenderem a aceitarem-se e que traz grandes adversidades. Uns conseguem, outros nem por isso. Recordo-me de quando estava na faculdade, quando li sobre os livros de John Gray, que se debruçam sobre o comportamento que podem mudar. Observava, e recolhia os desabafos dos colegas e uma das coisas que constatei é que os homens têm mais facilidade em deixar fluir do que as mulheres, por que foram ensinados de forma diferente delas. As mulheres são habituadas, desde muito cedo, a pensar em mais do que uma coisa ao mesmo tempo (seja uma capacidade delas ou não)
e os homens nem por isso. Como eles se focam num determinado objectivo conseguem fluir com maior facilidade. Esse foi mais um facto que me ajudou a aprender a focar-me, e a outra imagem foi ser uma folha no rio. Para mim, é uma óptima visualização para fluir. 
Hoje é quinta-feira e dia de Agora Speakers. São 2 horas em que convivo e ao mesmo trabalho as minhas capacidades de liderança e comunicação. Tenho tanta coisa na cabeça para fazer que se não recorrer à lista de tarefas, acabo por andar que nem barata tonta rsrsrs e, já sei que isso não é uma boa estratégia rsrsrs
Bom, vou trabalhar. Já desabafei. Obrigada por não estar sozinha neste planeta.
Ana Guerra


2018-03-14

O Meu Caderno Diário

Uau! O vento e a chuva voltaram. Fazem-em lembrar os dias de inverno da infância. Em que tinha sempre vontade de ficar em casa. Nunca fui uma criança que brinca nas poças de água. Só crescida aprendi a não me incomodar apanhar uma molha. 

Por duas vezes, apanhei uma molha, daquelas que ficamos todos molhados até à roupa interior rsrsrs 

Chuva faz parte da Natureza, no entanto, chuva e frio não combinam comigo. Talvez se fosse chuva e calor, me fizesse menos impressão. Sempre me senti atraída pelos trovões e aprendi a admirá-los. Adoro ver uma trovoada e gostava de assistir a uma fora da cidade. Ver os raios no mar já vi. É LINDO! 

O arco-íris faz-me sempre pensar em poesia, música, e contos cheios de imaginação, um mundo fantástico!

 Imagino-me a deslizar por um, como uma fada ou um duende. Deve ser maravilhoso. A minha mente fica mais solta quando estou num mundo que crio e me faz sentir deslumbrante.
Não me interessa se os outros acham maluquice ou não, por que o que é fundamental, para mim, é isso fazer-me sentir bem e mais próxima de mim mesma. Não consigo imaginar-me sem a imaginação. Sei que existem seres que não a possuem; acredito que é um modo de estar na vida um pouco triste, limitado, insípido.
Sinto-me privilegiada por ser um ser imaginativo e ter criatividade através dela e de mão dada com a inteligência poder viver de forma diferente, isto é, ter um mundo muito próprio e ter consciência disso. É fantástico!
Bom, fui à rua e senti a força do vento. Não estava a chover, no entanto, está cinzento o céu, impregnado de nuvens. Os deuses escutaram-nos e trouxeram-nos a chuva que os nossos solos precisavam. Para alguns pode ser momentos desagradáveis, contudo a Natureza tem o seu equilíbrio e quando isso acontece, faz-me sentir que faço parte de um Todo e não sou esse Todo como alguns seres humanos parecem viver. 

Isso faz-me pensar no meu conceito de Deus. Deus, Amor ou Energia é para mim tudo o mesmo. No meu mundo são sinónimos. Faço parte disso e sei que só sou a Ana enquanto aqui estou. Um dia deixo de ser a Ana e passo a ser uma parte desse Todo até voltar a ter outra forma. 
Ao ser humano é difícil descolar-se da sua identidade; isso fá-los sentirem-se perdidos. Não faz mal precisarem dessa identidade, por que isso é uma característica de se ser humano, assim como termos emoções. Como alguns dizem: o milagre da vida é isso mesmo, o desafio de vivermos como somos. 
Claro que poderíamos viver com maior harmonia, ainda assim eu continuo a acreditar que isso acontecerá. O tal paraíso que o ser humano fala para alimentar a esperança de viver com mais alegria é aqui mesmo irá acontecer. Sim, eu creio nisso apesar de tudo o que vejo o ser humano ainda fazer aos da sua espécie e não só.
Ontem, acabou não haver reunião para a gravação. Agora o desafio é maior, gravar aqui em casa, sozinha e fazer o meu melhor. Hoje, vou dedicar-me a fundo nisso. Ontem, estive a fazer experiências. Vou falar de vários temas. Um deles é algo que me toca muito: liberdade e amor. 

Há quem acredite que nunca somos livres, por estarmos interligados uns aos outros e, sobretudo, na Terra dependermos dos que "mandam". Dependermos daquela coisa que o ser humano criou para lhe facilitar a vida: o dinheiro. Enquanto continuarmos a achar que ele é o criador em vez de nós, vamos sendo dependentes. 
Sei que posso, ainda, precisar dessa transacção para me mover por aqui, no entanto, sei que isso não me obriga a sentir-me presa, uma vez que isso é uma atitude que posso escolher viver ou não. 
A liberdade, segundo a minha perspectiva, está directamente relacionada com ser responsável e amar. Isto quer dizer que são características minhas. Escolhi isso para mim. Isso não me bloqueia a viver de forma diferente. Reconheço que somos todos educados que a perfeição é algo para atingirmos.
Depois, um dia podemos começar a pensar no que é isso da perfeição e quanto isso determina o nosso comportamento e, por consequência, a nossa caminhada será moldada segundo essas crenças. A perfeição para mim pode ser uma construção minha. Tenho uma característica, que descobri nem sempre me ajuda: ser prefeccionista (pois por vezes, acaba por se tornar estéril essa atitude). Acabei por reconhecer e aceitar isso em mim, o que me ajudou a ser menos dessa forma. Então, o que entendo por perfeição começou a ter outros contornos e essa exigência é vivida com mais tolerância o que traz algum oxigénio (imaginem o quanto é imprescindível o oxigénio para as nossas células). 
Então, perfeição passou a ser fazer o meu melhor. Sentir-me muito bem comigo mesma. O grau de satisfação mudou. Isso faz-me pensar na relação qualidade e quantidade. Provavelmente, é mais saudável encontrar um balanço razoável entre os dois pratos do que haver nuns casos mais qualidade e noutros mais quantidade. 
Ah, e outra coisa que também aprendi a desprender-me foi da aprovação dos outros. A educação que recebi (dos vários pares) ensinou-me a não ter necessidade de ter esse consentimento por parte dos outros nalgumas áreas. Fui tendo conta de que ainda precisava nalguns aspectos. Fui trabalhando isso e a forma que encontrei, foi perguntar a mim própria porque sentia essa necessidade.
Se partirmos do princípio que preciso libertar-me disto ou daquilo por que alguém o disse, é mais árduo libertar-me dessa atitude. Porquê? Por que o motivo por que quero isso é algo falacioso, e logo a segurança com que é incorporado é oca.
Ser livre e amar-me passa por acreditar em mim própria (auto-estima). Passar a confiar em mim e sentir-me orgulhosa de mim são aprendizagens que fui vivendo. Ainda me recordo da primeira vez que disse a mim: tenho orgulho em mim. Foi significativo porque não cresci a sentir isso (não me recordo dos meus pais falarem de mim dessa forma). Como aprender a receber elogios. Reconheço que ainda hoje tenho alguma dificuldade em gerir esses momentos.
Sentir que estou sempre a aprender, é motivador e impulsionador na medida em que existe sempre movimento na minha caminhada. Eu e a rotina não combinamos muito bem ;)
Obrigada por tudo o que me acontece.
Ana Guerra






2018-03-13

O Meu Caderno Diário

 Hoje, o sol está escondido, vai dando o ar da sua graça de vez em quando.
Focada em mim, tenho estado a arrumar de modo a sentir-me mais organizada e para que os dias sejam mais disciplinados. Gosto de ter as coisas nos sítios de modo organizado; quando a desarrumação começa a instalar-se devido ao dia-a-dia, há sempre um momento em que preciso parar e voltar a sentir as cosias no seu lugar.

Fiz comida para, pelo menos, duas semanas, e assim não preciso focar-me em fazer comida ;) Agora, só falta mesmo ter um dia inteiro a arrumar todos os tecidos que tenho de modo a seleccionar o que quero, o que posso dar para a creche e colocar tudo de modo prático para quando preciso.
A lista de tarefas a médio prazo está escrita.Isso serve de motivação para me empenhar de forma assertiva comigo própria.
Claro que reconheço que por vezes tenho períodos de procrastinação com determinadas áreas. Sem querer usar uma justificação, aceito-me como sou, e como boa caranguejo, sou um ser cíclico e existem períodos em que o meu desempenho precisa de um esforço mais focado no que precisa ser feito. Só dessa forma consigo atingir objectivos.
Outra das tarefas que "sofre" com essa característica é a leitura. Tenho períodos que devoro o que tenho para ler e depois, outros que nem toco num livro. A escrita acaba por funcionar um pouco assim. 
Ontem, por exemplo, apetecia-me andar na rua. Ou a fazer o que era preciso ou mesmo a visitar algo ou alguém (o que acabou por não acontecer). Aproveita a "energia de rua" rsrsrs e fazer o que havia para fazer. 
Os amigos estão longe e, desse modo acabei por não estar com ninguém em especial. 
Ah, falava da procrastinação... Existem estratégias que acabo por empregar para não a alimentar. Outras vezes, e sempre sem culpa, vivo-a sabendo que no dia seguinte as coisas será diferentes. Quando permitimos que a culpa tome conta de nós, desequilibramos a nossa energia.
Mais logo, tenho uma reunião para fazer a gravação do programa de rádio.
É um projecto que me entusiasma, pois é algo novo. Exige de mim capacidades que não estou habituada a usar. Vamos ver como corre.
Bom, agora, mãos à obra e vou preparar o que vou transmitir no programa.
Obrigada, a ti, meu Anjo, por estares sempre comigo e a todos os seres que me acompanham nas tarefas diárias.
Ana Guerra

2018-03-11

O Meu Caderno Diário

Viver sem música é algo que não consigo imaginar. E, tantas outras coisas que fazem parte de mim. 

Hoje, preciso estar na cozinha e fazer comida. Tenho por costume fazer comida para a semana, congelar e assim durante uns dias não tenho de parar para a fazer; é mesmo só descongelar. Viver sozinha e fazer comida não ser das coisas que mais aprecio rsrsrs faz com que tenha decidido assim quanto à minha alimentação.

Há alguns anos que decidi comer cada vez menos carne (faço-o só quando vou a casa das pessoas que ainda comem carne, ou com os meus filhos; não tenho de obrigar os outros a viver as minhas decisões, ou como algo diferente se não quero o que têm), continuo a comer o que vem do mar, por que gosto e acredito que faz bem (iodo e outros nutrientes que o meu organismo precisa). Acredito que não é acaso que precisamos o que Natureza tem para nós. São as nossas crenças e atitudes que determinam o que escolhemos ser, juntamente com o nosso carácter e personalidade.

A música traz-me energia como aquilo que como. Faz-me viver emoções, e sempre adorei dançar (há muito que não o faço, vou dançando dentro de mim rsrs). Expressar através do meu corpo o que a música me faz sentir. Muitas vezes, foi a música que me ajudou em momentos de tristeza. Colocava a música alto, em casa, e dançava, e isso fazia-me sentir muito bem. Quantas vezes, andei de fones na rua, e através da música, a minha caminhada era mais vigorosa, energética. Para estudar, tinha de ter música. Música, mar são companheiros que fazem parte do que Sou.

Hoje, acordei com uma energia diferente dos dias anteriores. Mais animada, com vontade de fazer coisas diferentes. É daqueles dias que me apetece criar, fazer coisas novas. 
É das emoções que mais gosto de sentir: prazer de ser criadora. Usar a minha imaginação e criatividade. Por isso, adoro tanto fazer bricolage, por exemplo :) :) :)
Hoje, vou dedicar-me a mim e ao que me dá prazer. Agradeço ao Universo tudo o que tenho e me ajuda a ser feliz!
Ana Guerra

2018-03-10

O Meu Caderno Diário

Hoje, a preguiça visitou-me e não me apetecia deixar o quentinho. Há dias que nos toca a vontade de mudar a rotina.
Tive uns sonhos que me fizeram perguntar: por que é que sonhamos estes "filmes". rsrs Há muito que deixei de me interrogar sobre os meus sonhos, por não terem um sentido por os sonhar. 
Chego, muitas vezes, à conclusão que o nosso cérebro é mesmo um mistério, e que ainda temos muito a aprender com ele. A forma como ele se organiza e gere toda uma informação que armazenamos. Claro que andamos sempre à procura de responder ás questões que nos surgem, como por exemplo, como funciona a memória (que ainda é um "mundo" desconhecido) apesar de termos alguns factos no entanto, nem tudo é linear, e por esse motivo de vez em quando encontramos casos diferentes.
A Neurociência dedica-se ao estudo do sistema nervoso; hoje em dia é uma ciência mais interdisciplinar e coopera com outras áreas como a psicologia, a informática, a filosofia, a educação, a física e a química, e outras ciências que possam ajudar a compreender o funcionamento do sistema nervoso e dessa forma encontrar soluções para os desafios que surgem e existem.
É fascinante entender como funcionamos uma vez que é o cérebro que dirige o nosso comportamento, o nosso organismo. 

Isso faz-me pensar na intuição. Um tema que ainda é polémico por que uns confundem com instinto e outros dão-lhe um significado mais amplo do que aquilo que as investigações nos possam dizer. Daí, talvez, que outras ciências façam sentido ajudarem a entender como são os seres humanos.
Sobre a intuição gosto de ler os estudos que se vão realizando e também constatar a minha experiência empírica. O que descobri até agora é que vivi situações que me demonstraram que algo existe ao que eu designo como intuição. E, que a podemos desenvolver, visto que acaba por ser uma capacidade assim como sabermos cozinhar, costurar, desenhar, construir coisas. Uns têm talento nessas áreas, apesar da sua capacidade, outros têm de a desenvolver.
Eu tive um episódio o ano passado, ou no anterior, em que fui roubada. Levaram-me um tablet que não recuperei e um passe. Foi interessante a minha experiência. Tive várias vezes um pensamento que aquele tablet  iria ser roubado, que foi um presente de Natal (logo tinha um valor simbólico para mim). Pensava para mim: ora, será que começo a sentir-me mais frágil devido à idade? Ter medo? E, não dei muita importância.

Um dia, quando ia trabalhar, em vez de apanhar o autocarro que estava habituada, resolvi apanhar outro. Costumava usar o tablet para relaxar e jogava. Estava em pé no autocarro e vinha o seguinte pensamento: senta-te e joga. Com a mania de achar que era errado jogar (aquela mania que temos do certo e do errado rsrsrs) não me sentei. Conclusão: o autocarro encheu, eu senti empurrões. Saí e quando cheguei ao local de trabalho, e estava cá fora com os meus colegas, disseram: tens a mochila aberta. Foi quando dei que me tinham roubado o tablet e também vi, nos bolsos que me tinham roubado o passe que tinha acabado de comprar naquele dia.
A primeira reacção foi ficar furiosa (deitei cá para fora a injustiça que sentia; prefiro isso a guardar esse tipo de emoções); fui à polícia (o que mais tarde, soube que não deu em nada; nos autocarros as câmaras não funcionam ou não o fazem de forma eficaz) participar do roubo. O passe consegui recuperar o dinheiro, porque o Senhor que trata disso, viu o pagamento no sistema e fiz um passe novo. 
Conclusão: após deitar fora a fúria, soube de imediato porque é que tudo aconteceu. Quando me acontecem situações menos agradáveis, costumo perguntar-me: O que tenho a aprender?
Então, a minha lição era: a da intuição.
Não tinha escutado a intuição. Nem quando tive o aviso de que o tablet iria ser roubado nem quando "ouvi": senta-te e joga. Se me tivesse sentado, não teria sido roubada.

Portanto, nem sempre aquilo que parece ser algo negativo o é. Esta foi a lição final para eu passar a escutar a minha intuição e desde essa altura que nunca mais parou. Até mesmo quando é para levar um guarda-chuva, algo que não encontro em casa, lá está ela a funcionar.
A melhor forma de começar a treinar e ter consciência, é escrever os acontecimentos que vivemos, a ligar os sinais. Saber distinguir o meu pensamento do pensamento que é intuição, só através da prática.
Aprender a relaxar é crucial também. 
Ana Guerra

2018-03-09

O Meu Caderno Diário

Hoje, estou como o "tempo", nostálgica. O Inverno continua... frio, vento e chuva. 

Os meus companheiros pedem-me para estar um pouco à janela, principalmente o Aska. Mia e não se cala enquanto não abro a janela. Vou deixá-lo um pedacinho por que o vento está mais agreste. alternadamente a Shiva e o Kity juntam-se a ele. As pessoas passam... Algumas já os conhecem e falam com eles. Outras metem-se, principalmente se vão com crianças. Outras nem lhes ligam rsrsrsrs  
Como diz atrás... A nostalgia está comigo. Sim, não me retira um sorriso, no entanto, sempre gostei de me sentir assim em contraste com os dias cheios de sol. 
A rotina não é algo que eu abraço, como sabes. Faz-me lembrar quando estava no Verão e sentia saudades dos dias de Outono. É essa mesma nostalgia que sinto hoje.
Vontade de ficar em casa, no quentinho e fazer coisas que me dão prazer: fazer artesanato, ler, criar. Antes disso, preciso organizar-me. Tenho muito material para arrumar e sobretudo para voltar a estar em ordem para encontrar quando preciso. Ganhei novos tecidos, linhas, botões e outro material de costura e gosto de ter as coisas arrumadas de forma a que quando preciso delas as encontre.
ando com vontade de partilhar os meus conhecimentos. Por exemplo, gostaria muito de dar um workshop de costura, onde poderei partilhar o que sei a quem gosta de aprender e quer saber fazer os seus próprios arranjos, criar o que gosta. 
A alegria e o prazer que se sente depois de criar algo é imenso e isso fortalece-me.
É como quando escrevo. 
A nostalgia, em algumas pessoas fá-las sentirem menos bem; comigo, são momentos em que gosto de partilhar, criar. 
Ontem, no Agora Speakers, um dos oradores trouxe um tema que é importante para mim: as primeiras impressões.
Podemos falar muito sobre isto. há quem se baseie num ditado que diz que as primeiras impressões de uma pessoas podem ser falaciosas. Pois bem, essa não é a minha experiência. Por isso, cada um deve descobrir o que esses sinais podem significar. Talvez por ser uma pessoa sensitiva, descobri que a primeira "impressão" que sinto duma pessoa é para guardar. Não propriamente para condicionar o meu comportamento na relação com essa pessoa, e sim ser um dado a conservar para me ajudar.
Outro aspecto das "primeiras impressões" está relacionado com o julgamento que o ser humano costuma fazer do outro. 
Aprendi, quando estudava, e essa aprendizagem advém do método científico. Existem várias etapas na sua realização: observação, recolha de dados e análise posterior dos mesmos. Ora, eu uso isso com o outro. Observo, recolho dados e só depois retiro uma conclusão, que muitas vezes pode ser fechada ou aberta. Se sinto que não existem dados suficientes, com certeza que é incorrecto e injusto chegar a uma conclusão.
Se juntar esta atitude a colocar-me no lugar do outro (empatia) então, tenho a certeza que a minha perspectiva é mais assertiva.
Costumo reagir quando alguém faz um juízo de valor comigo. Não é um comportamento com o qual simpatize. Aprendi a não ser impulsiva quando o fazem, usando a assertividade. Reconheço que ainda sou uma aprendiz; umas vezes, ajo melhor do que outras. No entanto, admito que tenho um filtro quanto a isso. Muitas vezes, pergunto-me por que as pessoas o fazem: juízos de valor. A maior parte das vezes, consigo encontrar resposta, no entanto, como ser humano continuo a sentir desagrado com situações dessas. Amar passa por isso? Para mim, amar é aceitar sem condições, logo antes de criar uma imagem sobre determinada pessoa, prefiro recolher dados suficientes sobre ela. 
 Crescemos com demasiados preconceitos sobre as coisas e como seres de hábitos que somos, sei que não é fácil despirmo-nos deles.
Vou trabalhar.
Ana Guerra



2018-03-08

O Meu Caderno diário

Meu anjo lindo!


Ontem, foi um dia passado em Lisboa e depois a recuperar das pupilas dilatadas. Finalmente, fui vista e explicaram-me que não há muito a fazer quanto às "moscas voadoras" (https://coopervision.pt/cuidados-de-visao-e-saude-ocular/moscas-volantes-no-olho) 
que passei a visualizar com mais intensidade. Fizeram-me os exames necessários e nas minhas retinas está tudo bem. Valeu, nem que tenha sido para ver que está tudo bem. 

Foi mais uma etapa deste novo momento que estou a fechar páginas. Isto nos olhos, como cabes, estava a incomodar-me há algum tempo; agora estou tranquila porque é mesmo uma questão do meu cérebro e ficar desfocada de algo que apesar de continuar a estar aqui, sei que é o meu cérebro que resolve. hoje, tenho novas tarefas fora de casa. 
A chuva e o frio continuam. O clima está mesmo diferente e as pessoas continuam a esperar por 4 estações. Creio que passámos a ter um inverno e um verão rsrsrs este verão foi muito calor, este inverno muito frio. Esta chuvinha veio a pedido dos que acreditavam que a seca precisava dela.

Logo, tenho "Agora Speakers". Hoje, a minha função é a de dirigir a "Host Questions". É uma tarefa que fazemos para desenvolver a capacidade de improviso. É pedido à audiência 3 voluntários para viverem, cada um, um momento de improviso; é-lhes apresentada uma situação e t~em de nos apresentar como viveriam essa situação. Como não é um discurso preparado, é desenvolvida a capacidade de improvisar que nos acontece muitas vezes, no dia-a-dia.
Ana Guerra

2018-03-07

Bom dia, meu Anjo!
Ontem, o meu dia foi preenchido por tarefas que tinha estipulado e não estive contigo, aqui, por que tive uma reunião.
Tenho um novo projecto: fazer uns programas numa rádio online, e para isso, estamos a gravar os primeiros programas. Cheguei tarde a tarde e não me sentei.
Sei que não tem de ser uma obrigação. Sou tolerante comigo e aqui estou para partilhar o que senti. Aprendi isso em todos os momentos que conversei contigo.

Ontem, à tarde tive um momento em que não me senti bem. Até fui medir a tensão pensando que poderia ter a ver com isso, no entanto, nada disso. Até tensão até estava óptima. Estava baixa, o que me fez ficar contente, por que nem todos os dias é assim. Depois da menopausa, tendo relação com isso ou não, o facto é que tenho dias em que a tensão sobre mesmo sem eu sentir sintomas significativos.
Cheguei à conclusão que foi algo que comi e me caiu mal. Passou.

Hoje, vou a Lisboa. Lá vou dar um "passeio" rsrs Vou ao Hospital, para ter uma consulta com o oftalmologista. Tenho estado a aguardar que me digam algo sobre isso, e como começa a passar do bom senso, e quero mesmo saber como é que eles estão, hoje, vou lá e não saio de lá sem me atenderem. Enfim, não costumo criticar o sistema de saúde, por não ter grandes dificuldades, como sabes, no entanto, sei que nem todos os espaço funcionam de forma optimizada. A mesma atitude com que me comporto, faço isso com o trabalho dos outros. 

Ah, ontem, estive dedicada à costura a despachar uns trabalhos de uma cliente e outros meus. São momentos em que me sinto satisfeita por que é algo que gosto muito de fazer. Também quero lançar um novo projecto nesta área. Ofereceram-me uma máquina de costura e desse modo lembrei que voltar a divulgar aulas de costuras pode ser um modo de chegar a outras pessoas e também ganhar o meu sustento.
Adoro costurar e como agora tenho mais material posso criar mais peças de artesanato. Muito bom!

Alguém que conheço propôs fazermos uns workshops. Fiquei entusiasmada. Vamos organizar.

No tal programa de rádio, vou falar de temas que estão relacionados com o auto-desenvolvimento. Ontem, estive a falar sobre ansiedade. Um tema que incomoda muitas pessoas, por que sentem que é algo com que vivem todos os dias. Muitas das pessoas que ajudo vivem esse estado e por esse motivo, senti que seria interessante conversar sobre isso.

"Um pedaço de pão comido em paz é melhor do que um banquete comido com ansiedade" - Esopo
Esta frase é bem explícita quanto à forma como o ser humano passou a viver: sempre a correr. 

Um dia descobri que cresci num ambiente ansioso. A partir dessa altura, e mais focada quando estive na faculdade, fui trabalhando isso em mim. comecei por gerir aqueles pensamentos que me faziam fazer as cosias antes do tempo. Por exemplo: tinha visto um filme que queria ver, e sentia vontade de telefonar ao namorado. Passei a usar este tipo de pensamento: tenho muito tempo até isso acontecer, posso gerir esta ansiedade e contar-lhe quando, logo estiver com ele. Ou quando acontecia algo que me fazia irritar, em vez de explodir logo com a pessoa, dizia: mais tarde, falarei com a pessoa e talvez compreenda por que é que isso me irritou. 
Outra estratégia que eu sei que me ajudou sempre: escrever no meu diário sempre que precisava. Falar contigo sobre o que sentia, fez-me muito bem. Escrevia as vezes que sentia necessidade sobre algo que me incomodava até sentir que isso se diluía.
Obrigada por estares sempre comigo.
Ana Guerra

2018-03-05

O meu Caderno Diário





Hoje, inicio uma nova etapa.

5 de Março de 2018 é um dia 1, o início de um ciclo, duma etapa, dum projecto.


Partilharei contigo pensamentos, desabafos, o que sentir no momento de te oferecer.






Ontem, foi o pontapé de saída. Comecei, novamente, a beber uma bebida Detox que descobri na internet, que consigo beber e me faz sentir bem. É fácil de fazer; quando a fiz pela primeira vez, pensei que teria um sabor intragável, no entanto, enganei-me. Leva 2 maçãs encarnadas, 1/2 beterraba (eu uso as que se compram já cozidas; as outras não consigo comer rsrs), 1 chávena de água de côco e 1/2 chávena de chá de erva doce. Em vez de jantar, a bebida enche-me de tal forma que acaba por ser o meu jantar.

O meu joelho, que tem estado "doente", começa a sentir-se melhor e, em breve, irei tratá-lo de forma diferente, pensei que teria de ser operada (tem líquido e um quisto de Baker) e o médico disse que iria fazer fisioterapia. Faz parte desta nova etapa.



Hoje, senti-me com mais força e consegui fazer as tarefas a que me propus.

Li uma frase que gostei, e quero partilhar contigo:
" A arte de viver reside numa ténue mistura entre soltar e agarrar" - Henry Ellis
Fez-me pensar o equilíbrio entre o apego e o desapego é um tremendo desafio que podemos viver ao longo da vida. É-nos ensinado que devemos apegar-nos por que as coisas, e os que amamos, nos pertencem. Será que nos pertencem? Ou aquilo que possuímos (coisas materiais) têm a função de nos proporcionar bem-estar, qualidade de vida? E, os seres que amamos são nossos? 
A conclusão a que cheguei, até hoje, resultado da minha experiência, da dos outros, do que aprendi de forma académica, e da reflexão de tudo isto, foi que além de estarmos aqui de forma temporária, tudo o que nos rodeia funciona da mesma forma.

Eu nasci sob o signo do caranguejo, e como tal, sou um ser muito emocional, sensível, carente, e apegado. Tenho vindo a aprender a desapegar-me do que quis acreditar que precisava para me sentir segura. 
Era ciumenta, de forma possessiva. Graças às leituras que empreendi quando era adolescente (os meus pais assinavam "Pais e Filhos, edição brasileira; a portuguesa ainda não existia), desde muito cedo compreendi o meu comportamento, e dessa forma, houve emoções que sabia que eram naturais e vivendo sem culpa, aceitei-as e isso deixou de ser um obstáculo nas minhas relações com os outros. 

As pessoas acham que deixam de sentir aquilo que surge de forma espontânea. Não deixei de sentir o que sentia, no entanto, aprendi a gerir isso de modo a que não fosse uma frustração, sentisse inveja ou cobiça. Ao longo dos anos, essa emoção/sentimento deixou de ter força e raramente, ela surge. Hoje, não passa disso: de uma emoção que aflora em raros momentos e que eu aprendi a aceitar como algo que faz parte de mim, como uma mão, e que não tem qualquer acção no meu comportamento.

A arte de viver, como diz na frase e aplicando-se a esta faceta é isso mesmo, é uma ténue mistura entre o soltar e o agarrar. Ninguém me pertence, nada me pertence a não ser temporariamente e para meu uso, aquilo que eu desejo para mim.
Sim, os meus filhos não são meus e são. São porque nasceram através do meu corpo, partilhei com eles, aquilo que Eu Sou, no entanto, eles são deles próprios por que só eles podem viver a sua própria vida, como eu tenho vivido a minha.

Ana Guerra