2018-03-09

O Meu Caderno Diário

Hoje, estou como o "tempo", nostálgica. O Inverno continua... frio, vento e chuva. 

Os meus companheiros pedem-me para estar um pouco à janela, principalmente o Aska. Mia e não se cala enquanto não abro a janela. Vou deixá-lo um pedacinho por que o vento está mais agreste. alternadamente a Shiva e o Kity juntam-se a ele. As pessoas passam... Algumas já os conhecem e falam com eles. Outras metem-se, principalmente se vão com crianças. Outras nem lhes ligam rsrsrsrs  
Como diz atrás... A nostalgia está comigo. Sim, não me retira um sorriso, no entanto, sempre gostei de me sentir assim em contraste com os dias cheios de sol. 
A rotina não é algo que eu abraço, como sabes. Faz-me lembrar quando estava no Verão e sentia saudades dos dias de Outono. É essa mesma nostalgia que sinto hoje.
Vontade de ficar em casa, no quentinho e fazer coisas que me dão prazer: fazer artesanato, ler, criar. Antes disso, preciso organizar-me. Tenho muito material para arrumar e sobretudo para voltar a estar em ordem para encontrar quando preciso. Ganhei novos tecidos, linhas, botões e outro material de costura e gosto de ter as coisas arrumadas de forma a que quando preciso delas as encontre.
ando com vontade de partilhar os meus conhecimentos. Por exemplo, gostaria muito de dar um workshop de costura, onde poderei partilhar o que sei a quem gosta de aprender e quer saber fazer os seus próprios arranjos, criar o que gosta. 
A alegria e o prazer que se sente depois de criar algo é imenso e isso fortalece-me.
É como quando escrevo. 
A nostalgia, em algumas pessoas fá-las sentirem menos bem; comigo, são momentos em que gosto de partilhar, criar. 
Ontem, no Agora Speakers, um dos oradores trouxe um tema que é importante para mim: as primeiras impressões.
Podemos falar muito sobre isto. há quem se baseie num ditado que diz que as primeiras impressões de uma pessoas podem ser falaciosas. Pois bem, essa não é a minha experiência. Por isso, cada um deve descobrir o que esses sinais podem significar. Talvez por ser uma pessoa sensitiva, descobri que a primeira "impressão" que sinto duma pessoa é para guardar. Não propriamente para condicionar o meu comportamento na relação com essa pessoa, e sim ser um dado a conservar para me ajudar.
Outro aspecto das "primeiras impressões" está relacionado com o julgamento que o ser humano costuma fazer do outro. 
Aprendi, quando estudava, e essa aprendizagem advém do método científico. Existem várias etapas na sua realização: observação, recolha de dados e análise posterior dos mesmos. Ora, eu uso isso com o outro. Observo, recolho dados e só depois retiro uma conclusão, que muitas vezes pode ser fechada ou aberta. Se sinto que não existem dados suficientes, com certeza que é incorrecto e injusto chegar a uma conclusão.
Se juntar esta atitude a colocar-me no lugar do outro (empatia) então, tenho a certeza que a minha perspectiva é mais assertiva.
Costumo reagir quando alguém faz um juízo de valor comigo. Não é um comportamento com o qual simpatize. Aprendi a não ser impulsiva quando o fazem, usando a assertividade. Reconheço que ainda sou uma aprendiz; umas vezes, ajo melhor do que outras. No entanto, admito que tenho um filtro quanto a isso. Muitas vezes, pergunto-me por que as pessoas o fazem: juízos de valor. A maior parte das vezes, consigo encontrar resposta, no entanto, como ser humano continuo a sentir desagrado com situações dessas. Amar passa por isso? Para mim, amar é aceitar sem condições, logo antes de criar uma imagem sobre determinada pessoa, prefiro recolher dados suficientes sobre ela. 
 Crescemos com demasiados preconceitos sobre as coisas e como seres de hábitos que somos, sei que não é fácil despirmo-nos deles.
Vou trabalhar.
Ana Guerra



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