2018-03-05

O meu Caderno Diário





Hoje, inicio uma nova etapa.

5 de Março de 2018 é um dia 1, o início de um ciclo, duma etapa, dum projecto.


Partilharei contigo pensamentos, desabafos, o que sentir no momento de te oferecer.






Ontem, foi o pontapé de saída. Comecei, novamente, a beber uma bebida Detox que descobri na internet, que consigo beber e me faz sentir bem. É fácil de fazer; quando a fiz pela primeira vez, pensei que teria um sabor intragável, no entanto, enganei-me. Leva 2 maçãs encarnadas, 1/2 beterraba (eu uso as que se compram já cozidas; as outras não consigo comer rsrs), 1 chávena de água de côco e 1/2 chávena de chá de erva doce. Em vez de jantar, a bebida enche-me de tal forma que acaba por ser o meu jantar.

O meu joelho, que tem estado "doente", começa a sentir-se melhor e, em breve, irei tratá-lo de forma diferente, pensei que teria de ser operada (tem líquido e um quisto de Baker) e o médico disse que iria fazer fisioterapia. Faz parte desta nova etapa.



Hoje, senti-me com mais força e consegui fazer as tarefas a que me propus.

Li uma frase que gostei, e quero partilhar contigo:
" A arte de viver reside numa ténue mistura entre soltar e agarrar" - Henry Ellis
Fez-me pensar o equilíbrio entre o apego e o desapego é um tremendo desafio que podemos viver ao longo da vida. É-nos ensinado que devemos apegar-nos por que as coisas, e os que amamos, nos pertencem. Será que nos pertencem? Ou aquilo que possuímos (coisas materiais) têm a função de nos proporcionar bem-estar, qualidade de vida? E, os seres que amamos são nossos? 
A conclusão a que cheguei, até hoje, resultado da minha experiência, da dos outros, do que aprendi de forma académica, e da reflexão de tudo isto, foi que além de estarmos aqui de forma temporária, tudo o que nos rodeia funciona da mesma forma.

Eu nasci sob o signo do caranguejo, e como tal, sou um ser muito emocional, sensível, carente, e apegado. Tenho vindo a aprender a desapegar-me do que quis acreditar que precisava para me sentir segura. 
Era ciumenta, de forma possessiva. Graças às leituras que empreendi quando era adolescente (os meus pais assinavam "Pais e Filhos, edição brasileira; a portuguesa ainda não existia), desde muito cedo compreendi o meu comportamento, e dessa forma, houve emoções que sabia que eram naturais e vivendo sem culpa, aceitei-as e isso deixou de ser um obstáculo nas minhas relações com os outros. 

As pessoas acham que deixam de sentir aquilo que surge de forma espontânea. Não deixei de sentir o que sentia, no entanto, aprendi a gerir isso de modo a que não fosse uma frustração, sentisse inveja ou cobiça. Ao longo dos anos, essa emoção/sentimento deixou de ter força e raramente, ela surge. Hoje, não passa disso: de uma emoção que aflora em raros momentos e que eu aprendi a aceitar como algo que faz parte de mim, como uma mão, e que não tem qualquer acção no meu comportamento.

A arte de viver, como diz na frase e aplicando-se a esta faceta é isso mesmo, é uma ténue mistura entre o soltar e o agarrar. Ninguém me pertence, nada me pertence a não ser temporariamente e para meu uso, aquilo que eu desejo para mim.
Sim, os meus filhos não são meus e são. São porque nasceram através do meu corpo, partilhei com eles, aquilo que Eu Sou, no entanto, eles são deles próprios por que só eles podem viver a sua própria vida, como eu tenho vivido a minha.

Ana Guerra





1 comment:

Anonymous said...

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