
a João SPP
por entre palavras
emaranhadas e sofridas
chegámos a porto
silvestre...
por entre sílabas
voltámos páginas
de mãos enlaçadas
toqueando
as penumbras...
resta o
silêncio de contrariedades
almejadas
certezas...
uma vontade
ansiada
segundo a segundo,
no mar das horas
ressoava
por mim...
no leito debruçado
o esquecimento realizou
o serpentear
corpóreo...
a languidez
das vozes calorosas
penetra nos poros
exaltando
um perfume...
o choque de corpos
esfuma-se, vulcanizando
o sonoro
espaço entre eles...
o sossego inquieto
restou sereno
até aclamar
o único embalar...
a entrega não
chega, antes
do deslumbre luar
que os ocupa
na mansidão de espaço...
sem o olhar
das mãos
o chamar ecoa
em si
por ele
através de UM...
vigiando o folgar
atenta o toque
sibilante dum corpo
no resguardo do outro...
amálgama de sussurros
fadiga transpirada
de encontro
a vales e rochedos
traz a voz
do vôo almejado...
sem o olhar
das mãos
a volúpia brota
até a serenidade
abranger o restauro
de cada um, em si...
a musicalidade
permanece...
de alguém, que deixaste travesso...
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