2006-08-26

uma montanha


os sulcos que sinto nos entrelaçares
têm um sabor
que nunca chegam á satisfação
quanto mais caminham, mais quero...
.....
quando sinto o rio
dentro de mim...
a sua frescura e vida...
não quero que se vá!
......
quero que me percorra e me traga a sua Voz!!!
e, me relate as carícias
as volúpias, por entre as raízes...
......
que me leve ao mar...
e, me dê a conhecer os seus segredos
as suas alegrias e tristezas, porque
as lágrimas são sorrisos que
se transformam em rios, em mares...
....
ver-te em mim, faz-me sentir viva!
e, eu quero viver!!!

1 comment:

Anonymous said...

Sempre vi a escrita como algo muito pessoal, que nos permite ver a mesma flor sob diferentes pontos de vista ou estados de espirito (pois é a isso que se resumo o ser humano [receio que pareça pessimista]).
Assim, a escrita de um poeta não pode ser comparada, mas sim confrontada com o ser das pessoas, já que um poeta, na sua essencia, é unico, imcomparável, e ao mesmo tempo provocador.
Ao ler estes versos, tentei comparar áquilo que eu escrevo e vejo aqui, nestes versos e tambem nos que se seguem, um desejo de viver o que ha para viver nu e fresco sem pudor, sem remorsos (o que isso muitas vezes não acontece com muitas pessoas), escrito com(como eu lhe chamo) a quimica das palavras: todas elas se ligam como numa orquestra se juntam muitos musicos para tocar.
Gostei do que li; voltarei cá regularmente, para ler.