Vou sem rumo e tropeço...
de encontro a um tronco!

Que me conta a sua história
e onde deito o meu rosto
e sussurro...

Um estória bela
onde ela é
esbelta
doce
esguia
latejando a sua volúpia
serpenteando
entre corpos
que se fundem
esquecendo o mundo
que goteja o seu sangue...

O som que exala
sonora uma vontade crescente
onde o seu encontro
se faz no àmago do tudo
que
surge naquele perfume...


amo os seres
é tão fácil
tão delicioso
tão doce
será que sabem??????

a existência

Quando olho em meu redor vejo um mundo que gira e se revira. Os rostos confundem-se uns com os outros, assim como as suas vozes, que semelhantemente são diferentes. Nesta amálgama, sinto-me uma ilha, que quer lançar pontes, mas não sabe como construí-las. Se grandes, pequenas, simples ou complexas.
Porque continua o dilema a existir? Porque ser EU é tão difícil para os outros? Porque continuo a incomodar tanto? Sou eu que não me adapto?
Que vulcão emerge, nos outros, quando eu QUERO? Porque faz tanta confusão, às pessoas, ter vontade? Saber o que se QUER?
É tão doloroso? Porque têm as pessoas medo de amar? De se apaixonar? De se entregarem? De sofrer?

Eu quero chegar e encontrar-te, pelos cantos de mim e não só!

Quero sentir o teu toque percorrer-me com palavras, com olhares, com vozes...

Quando a estrela entra em mim

e se expande... é porque tu estás lá!

Queres entrar em mim

como eu em ti??!!

Descobrir quem somos?

Ou viver a partilha por sermos isso mesmo?!

O doce na boca

que deixas, cada instante, em que entras em mim...

O fulgor, que espalhas

nos meus poros...

A latência que exala

no meu respirar...

Não há entrega sem ti!

quando o mar nos conta que a ternura nasce em ti e se espalha no teu sorriso...

quando o vento me desafia, para ir junto de ti,porque me trouxe o teu grito...

quando a vontade do teu corpo te chama para te ausentares de ti...

quando as tuas mãos pedem o carinho que exala de ti...não tenhas medo, amor meu, porque eu estou aqui...

quando o caminho te chama, tu vais...

e estarei sempre contigo, sempre...seja qual for tua escolha...

amo-te!

Cheguei e fui surpreendida!
Tão raro tesouro, este! De entrarem em mim e me deixarem sem defesas. Onde a entrega existe sem palavras.
Deixar-me planar para além de mim...
sentir-me perdida, sem estar...
Quando os passos se acompanham...
quando os olhares não se olham, mas vêem-se...
quando as palmas se tocam, e nasce uma... estrela!
Aprendo com todo este caminho que trilho... aprendo que é suficiente esticar a mão e está tudo, aqui! Aprendo a manter-me no estado da entrega; é uma delícia!
Abrir a minha mente e permitir a descoberta, é uma partilha deslumbrante!
A procura não tem de ser inquieta, mas ferverosa. Uma porta ficou entreaberta, ou mesmo fechada, mas quantas se abrem e me permito entrar?!
Porque ainda alimento o lamento, se a dor já existe sem sentido; porque é um hábito?! Então, desistamos dele; hábitos usados não transportam alegria, calor!
E, eu quero viver a dádiva que sou! Amar também!